11:54AVALISTA DOS PLANALTOS

Gavetas abertas

O STF retoma (‘desarquiva’) processos de improbidade contra ministros do governo FHC, como José Serra, Pedro Malan, Pedro Parente e diretores do Banco Central.

O PT sempre reclamou, carregadíssimo de razão, da seletividade das investigações da PF e da Procuradoria da República contra os governos Lula e Dilma.

A quem devemos a abertura das gavetas? Ao juiz Sérgio Moro, que reescreve a pauta da Justiça, a balança, duas espadas e a venda transparente. Antes isso que as gavetas que escondem processos empoeirados, a caminho do esquecimento.

Superlativa absoluta

“Ela atingiu o máximo de sua aprovação quando estava no máximo do erro”. Frase do ex-ministro Delfim Neto sobre a presidente Dilma, hoje o site uol.com. Erro é eufemismo. A aprovação foi resultado de medidas demagógicas na economia. Quem exerce o poder tem informações plenas para evitar erros na medida em que Dilma os cometeu.

Beto Richa foi reeleito governador no mesmo ano e também embalado em altos índices de aprovação. Nenhum delfim do Paraná acusou-o de errar, mas de mentir. Ele insiste que foi enganado pelos números do crescimento apregoados por Dilma. Onde está a verdade? Nas duas linhas finais do parágrafo anterior.

Do roxo ao duro

O que mudou no Brasil, neste já longo período de estado democrático de direito, dos tempos pós-ditadura, o estado autocrático de direito, para justificar os antônimos?

O atraso continua, no social e no econômico; na saúde as endemias de sempre; os políticos são os mesmos, muitos continuam, dinossauros renitentes do fisiologismo, os que foram deixaram os filhos, nada melhores, sequer versões atualizadas; os partidos, eternos bandos organizados e reorganizados para saquear o Estado.

Para conceder algum benefício à dúvida digamos que o discurso político mudou. Ligeiramente, e no viés da vulgaridade. Saímos do ‘aquilo roxo’ das bravatas pré impeachment do presidente Fernando Collor ao ‘grelo duro’, a virtude combativa que o presidente Lula invoca à militantes do PT, também bravata, idem, ibidem.

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