8:41Porre de pesquisas

Do analista dos Planaltos

Nunca antes na história deste país tivemos tantas pesquisas  em uma eleição. Coisa capaz de entediar até mesmo o mais fanático apreciador desse sistema de predição do futuro.  Na reta final, elas vieram em dupla (Ibope e Datafolha), acompanhadas de desdobramentos tais como margens de erro e “cenários” e animações.

Ontem na RPC TV segunda edição e Jornal Nacional, tivemos pesquisas duplicadas sobre o Paraná, sobre a corrida presidencial e mais meia dúzia de estados , sempre acompanhadas por  múltiplos cenários, votos com brancos e indecisos e votos válidos. O eleitor teve despejado sobre sua cabeça uma massa de números capaz de confundir um estatístico.

É melhor informação demais do que de menos. Mas seria necessário repetir a cascata sobre o tal “intervalo de confiança de 95%”? Intervalo de confiança, segundo a fórmula recitada pelos apresentadores de televisão, seria a garantia que, se todos os questionários fossem repetidos, em 95% eles seriam idênticos aos divulgados…

Mas se tudo isso for pouco, o eleitor ainda pode lançar mão dos ‘mapas astrais’ dos três principais candidatos a Presidência (Dilma, Aécio, Marina), disponível na Folha de S. Paulo. Os prognósticos, como convém a essa milenar forma de clarividência, são ambíguos e dão aos seus autores um enorme ‘intervalo de confiança’.

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