17:23O ministro de recados

Do analista do Planalto Central:

É preciso dar um desconto ao ministro de recados do ex-presidente. Ele está sob pressão extrema. Deveria se declarar impedido de votar neste processo do mensalão, mas recebeu ordem em contrário e teve de se sujeitar aos olhares e menear de cabeça dos pares e de todos os brasileiros que entendem um pouco deste riscado. Menos, é claro, dos abduzidos do operário no poder, porque estes acham que tudo que o santo decide é  correto, mesmo se a ordem for a de tomar cicuta ou pastar no cerrado. Se o mensalão é uma invenção e o dinheiro que rolou foi “apenas” de caixa dois, o voto do office-boy do supremo não vai ser decisivo para o desmonte da farsa – ela vai cair de podre por si só. Portanto, ter um chilique xingando jornalista no meio da madrugada, porque leu o que não queria, é um sinal de que, além de despreparado, como se desconfiava, ele bebe bem e também não teve aquilo roxo para peitar o dito cujo que o cumprimentou duas vezes na tal festa.

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4 ideias sobre “O ministro de recados

  1. Perfidio Maloio

    É muito crédito pra uma estória onde não sabemos qual dos dois boêmios, o foca rodado ou o office-boy togado, tomou mais bourbon paraguaio no sarau!

  2. parana neto

    ,,,UM DESEQUILIBRADO,TEM QUE NO MÍNIMO PEDIR PARA SE AFASTAR DE TODO PROCESSO DO MENSALAÕ…..
    …UM MENINO MIMADO…..

    PN.

  3. Airo Zamoner

    Caríssimo Zé Beto!
    Abrace por mim esse “analista do Planalto Central”. Texto curto e perfeito! Está aí o resumo inteligente do que foi feito lá trás, e, por permanecer a nossa frente, o que teremos em nosso futuro.
    Airo Zamoner
    PS: Estou ausente do “A vida como ela é”, mas logo volto…

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