Na Assembleia Legislativa do Paraná acaba de ser divulgado o resultado do trabalho da comissão que estudou a situação funcional dos servidores efetivos. O resultado é mais assustador do que se imaginava para um local que sempre foi uma caixa preta imune à luz do sol.  459 processos foram analisados. Dos 160 cargos de nível superior, por exemplo, 118 têm irregularidades. De servidores contratados sem concurso público depois da lei que obriga a isso promulgada a 1992 (dois casos), àqueles que foram promovidos do nível médio para o superior sem concurso (53 casos), passando por outros 53 que não comprovam escolaridade ou que apresentaram documentação inconsistente. A comissão, instituída pelo deputado Valdir Rossoni (PSDB), também encontrou 53 irregularidades nos funcionários com cargos de nível médio, 29 casos irregulares nos 105 funcionários do nível básico e 54 naqueles que estão em processo de aposentadoria, cujas análises e correções estão sendo feitas juntamente com a Paraná Previdência e Tribunal de Contas. Segundo Rossoni, todos os funcionários que tiveram problemas detectados nesta análise terão 15 dias para se manifestar. “A partir daí vamos elaborar um novo quadro de cargos e salários e isso vai possibilitar que, esclarecida as atribuições de cada funcionário, seja possível possibilitar a progressão funcional, tomando como base os critérios de merecimento e antiguidade”, relatou. Ele confirmou que a etapa seguinte será a realização de concurso público que possibilitará a redução do número de cargos comissionados. O relatório apresentado hoje será enviado ao Ministério Público Estadual. Rossoni disse que este relatório é o mais importante dentro da reestruturação que vem fazendo na Assembleia desde que assumiu há dois anos e meio. Falta ainda saber quantos dos funcionários perderão os cargos a partir das contatações da comissão e quanto tempo este processo vai durar.