Há crianças perdidas nas ruas. Meninas e meninos que já tiveram um teto, um quarto, uma cama, mas uma dor que não descobriram de onde apareceu os fez procurar nas esquinas desconhecidas o que acham ser o amor. Encontraram outras fugas e isso os levou para mais longe de casa. Afundaram-se em mocós podres, na convivência com ratos, baratas, bichinhos peludos. Quem se fodeu? Todos nós. Crianças se cortam para chamar atenção – e sangram os corações alheios porque é difícil lidar com isso – e não se sabe o que fazer, por mais que se tente. A tela de um celular é hoje o grande aliado para o escapismo, para o ajuntamento na nave do terror comandada pela dona de preto e foice na mão. Onde anda Sininho para fazer com que, por um momento mágico, eles olhem para a fantasia real que existe dentro – aquela que emociona pelo simples ato de viver e comandar o destino da própria vida?
Pois é,gosto de falar da minha meninice,onde a rua era quase meu lar,morava-mos num comodo,mas precisava da rua as vezes até para pedir clemencia ou um prato de comida.Mas a rua não me levou para as drogas,se roubei foi goiabas ou vagens de feijão em plantações fartas,não me arrependo da miséria que eu vivia,por que brincava,nadava,e o tempo era longo,as semanas pareciam anos e isso nos dava muito tempo,tempo ,tempo de uma vida toda pela frente.
A Sininho virou uma periguete que rebola e canta funk e transa com meninos e meninas, as vezes tudo junto, fuma maconha e bebe pra cacete e faz questão de postar nas redes sociais tudo isso…como se fosse lindo, como se fosse um exemplo a ser seguido…podem me chamar de velho antiquado, mas essa geração que está aí eh uma MERDA, vivendo na utopia de um mundo sem regras e sem respeito.
Quando a barriga roncar no bacana voce vai ver a vaca tossir… Matemática é muito objetiva…
TEXTO REALISTA