17:16O funcionalismo público em pesquisa

A rodada de novembro da pesquisa XP Ipespe  mostra que a população se divide sobre a estabilidade do funcionalismo público, mas concorda de maneira majoritária com a flexibilização dessas normas em tempos de crise. O ponto é um dos principais em discussão na reforma administrativa a ser apresentada pelo governo federal.

Para 46% da população, as normas que dificultam a demissão de servidores públicos são negativas, pois incentivam baixa produtividade. Outros 41% consideram as normas positivas, por evitar demissões por razões políticas. Quando o questionamento é sobre a possibilidade de flexibilização em tempos de crise, 52% sustentam que as leis deveriam ser alteradas para permitir demissões com mais facilidades, enquanto 39% preferem a manutenção das regras atuais.

A pesquisa ouviu 1.000 pessoas, nos dias 6, 7 e 8 de novembro. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais.

Pesquisa XP_ 2019_11

Em outra ponta, os entrevistados discordam da possibilidade de congelamento do salário de
servidores. Para 57% da população, o governo deveria continuar reajustando os salários anualmente. Outros 36% concordam com o congelamento como medida para conter gastos . A percepção da população entrevistada é que os servidores públicos trabalham menos
(59%) e ganham mais (52%) do que os trabalhadores da iniciativa privada.

Pouco mais da metade dos entrevistados (55%) diz ter tomado conhecimento do pacote econômico divulgado pelo governo no início do mês. Entre esses, 57% dizem que as medidas vão na direção correta . Ainda assim, o projeto anticrime aparece como a mais importante das medidas em discussão no governo. Sua relevância recebeu nota média de 7,8, a maior entre as oito medidas testadas. O enfrentamento ao déficit vem em seguida, com nota 7,6.

GOVERNO
A avaliação do governo Jair Bolsonaro teve a segunda oscilação positiva seguida, ambas dentro da margem de erro. Ela passou de 30% em setembro para 33% em outubro e chegou a 35% em novembro. A rejeição ao governo também oscilou positivamente, de 38% para 39%, também dentro da margem de erro.

A pesquisa testou também a percepção da população sobre as informações divulgadas em diversas mídias. Rádio, jornal impresso e televisão continuam sendo as mídias com maior credibilidade na ordem, 58%, 55% e 50% dos entrevistados avaliam que as informações e notícias veiculadas nesses meios são, em sua maioria, verdadeiras. O histórico, no entanto,
mostra que o percentual é decrescente em relação a dezembro do ano passado e março deste ano.

Confira: Pesquisa XP_ 2019_11

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