História curitibana do tempo em que Aníbal Khoury reinava na Assembleia Legislativa e no Paraná todo. Professores invadiram o Legislativo, se instalaram nos corredores e iniciaram uma greve de fome como medida de pressão para que suas reivindicações fossem atendidas pelo governo. Na primeira semana do movimento, a “Coluna de Uma Nota Só”, do Jornal do Estado (hoje Bem Paraná) informou que, durante a madrugada, os militantes recebiam quentinhas enviadas pelo presidente da Assembleia. Poucas horas depois de o jornal ir para as bancas, uma tropa ensandecida invadiu a redação do jornal e ameaçou quebrar tudo e bater nos jornalistas ali presentes se estes tentassem intervir. Não fizeram isso. Foram embora e, horas depois, a greve que não era de fome acabou. Na ocasião, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Paraná foi solidário aos invasores. A vida seguiu.
“Quentinha” é do carioquês, aqui seria ‘marmitex’, ou simplesmente marmita. (Acho).