Do Filósofo do Centro Cínico
A onda de patinetes tem a ver com o momento do país. É uma alternativa para a zorra causada por engarrafamentos, assaltos, deslizamentos, enchentes, despencamento de viadutos e túneis. Não há regulamentação. Pode-se andar na calçada, na contramão das ruas e avenidas, sem capacete e sem nunca ter pilotado tal tipo de veículo. As quedas e atropelamentos são naturais, mas é a solução enquanto não chega o teletransporte.
Aqui em São Paulo o pessoal do patinete andam na contra-mão, nas calçadas, assuntam os pedestres, tomam acidente que estão enchendo os pronto-socorros. Deixam os patinetes estacionados em frente de garagens, nas entradas dos restaurantes, nas guias rebaixadas para cadeirantes, nas faixas especiais para os cegos.