14:50Fodidos & fedidos

De Rogério Distéfano, no blog O Insulto Diário

Flashes da batalha de ontem na CCJ da câmara dos deputados.

Para um deputado de talhe impúbere e de feições andróginas, o presidente Francisquini revelou autoridade e pulso. Pena que trocou de lugar com o pai, este na assembleia do Paraná, ele na federal. O pai meteria todo mundo num camburão da polícia e iriam embora, ele junto.

O governo Bolsonaro viu com quantos paus se faz uma canoa. De tanto ofender e xingar a oposição, recebeu o troco da oposição. Foi pau, pedra, o começo do fim do caminho. Zeca Dirceu, filho de nosso Trotsky, bateu pesado no governo, aquilo de quem com filho fere com filho será ferido.

O ministro Paulo Guedes voltou ao tempo de vendedor de títulos públicos e explicou sua reforma com as aspas descritas com os dedos. E mandou a oposição para a Venezuela. O inocente pensa que esquerdista sonha com Caracas. Caraca, esquerdista gosta mesmo é de Miami.

Maria do Rosário, a deputada petista, foi reincidente específica no dodoi da agressão. Na falta de um Messias recusando-se a desflorar-lhe o rosário, conseguiu se dizer agredida pela assessora do ministro Paulo Guedes. De óculos cambaios e cara de freira chorona não dá para levá-la a sério.

De um lado e outro, todos iguais. Os de ontem fizeram o que os de hoje fizeram ontem. Culpado maior, o Messias, aprendiz de tirano, que decidiu ser chefe de milícia ao invés de presidir a todos os brasileiros. Entre fodidos e fedidos, só restaram bodum e miasmas fecais.

Briga de frentistas

Os políticos tinham mais classe na República de 1946. Como naquele debate em que um deputado chama outro de “beócio”. O outro rebateu em alto nível: “Se beócio foi elogiativo, agradeço e retribuo a vossa excelência. Mas se beócio for xingativo, beócio é a mãe de vossa excelência”.

E um outro, entre os vereadores Carlos Lacerda e Ivete Vargas na câmara do Rio. Também em debate, Ivete disse que Lacerda era um purgante. Lacerda, famoso pela presença de espírito, rebateu “e vossa excelência é o efeito”.

Memorável aquele, perdido na memória, em que o deputado federal assegurava no debate que estava “a cavaleiro das melhores razões”. A réplica veio a cavalo: “recomendo que vossa excelência tome cuidado com montaria que não domina”.

Tempos outros, os atuais. O ministro age como caudilho no parlamento. Com deficiência intelectual e formativa, o deputado, sem densidade sequer para o sarcasmo a ironia, limita-se ao chulo e pedrês tchutchuca e tigrão, como um governador nosso de triste memória.

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2 ideias sobre “Fodidos & fedidos

  1. Ademar Luiz Vieira

    Esse é o jeito PETISTA de fazer política.
    Primeiro eles atiram e depois os jornalista de gaveta os defendem pois qurem o dim dim o qual já está fazendo falta pro fumo.

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