Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação no Brasil que nasceu na Colômbia, enviou carta aos colégios da rede pública de todo o país onde pede que alunos, professores e funcionários se postem diante da bandeira brasileira, em fila, e cantem o hino nacional todo dia. A mensagem pede também que tudo seja filmado e enviado ao governo. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!”, escreveu o ministro. Juntando lé com cré – é coisa de maluco entusiasmado com o hospício.
Com um ministro da educação venezuelano, imagine a educação no final dos quatro anos desse governo.
A opinião do ministro maluco nada beleza nos remete aos anos 1930, quando da instalação do Estado Novo por Getúlio Vargas. Enquanto Vélez Rodrigues (é venezuelano, ou colombiano dito naturalizado?) exige a filmagem da infanto-adolescência gravada em celulares para posterior uso (e jurando exigir autorização dos pais ou responsáveis pelo uso das imagens); e, por último, o brado “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos”, o caricato ministro repete o slogan da então Ação Integralista Brasileira, presidida pelo extremo-direitista Plínio Salgado (com seus camisas verdes), cujo lema era “Deus, Pátria e família”. Poxa, alguém reparou em alguma semelhança que nos transporta ao tempo do nazi-fascismo com as hordas de seguidores, braços direitos estendidos homenageando seus deuses, Hitler e Mussolini? LOBO DA CORTE