por Célio Heitor Guimarães

Pois é, eu estava adiando a divulgação, na esperança de que não desse certo. Mas, como parece que vai dar e o meu estimado “agente literário”, o professor Emerson Gabardo, já colocou a boca no trombone no facebook, anunciando o futuro lançamento, não tenho mais como omitir-me. Vem aí, em edição caprichosamente preparada pela Editora Íthala, da Eliane Peçanha, uma seleção dos textos que cometi ao longo dos últimos 20 anos, de 1998 a 2018. Será um catatau de 430 páginas, com 200 comentários selecionados dos mil e tantos publicados no período. Primeiro, pelo extinto jornal “O Estado do Paraná” e, a partir de 2011, neste sagrado espaço galhardamente mantido pelo nosso Zé Beto.

Eu já lhes adiantara alguma coisa, em maio passado (“Com licença, excelências!”, 17/05). Contei-lhes que a ideia partiu do meu estimado amigo e ex-colega de TJ/PR Mário Montanha Teixeira Filho, alimentada e formalizada por outro amigo e ex-colega de lides advocatícias, o professor-doutor Emerson Gabardo e, enfim, concretizada pela Eliane, da curitibana Íthala. Esse é o trio responsável pelo acontecimento. Mas é preciso lembrar de outros agentes, com os quais deve-se dividir a culpa: o saudoso Mussa José Assis, por tantos anos alma e coração do tradicional matutino “O Estado do Paraná”, que me fez retornar ao colunismo jornalístico e a quem é dedicada a “obra”; Paulo Pimentel – por que não? -, o dono do jornal, que aquiesceu com o atrevimento; Francisco José Zerbeto Assis e Rafael Tavares, que comandaram a direção de redação de “O Estado”; e o meu atual mestre e editor José Roberto da Silva, o conceituado e destemido Zé Beto.

Como bom virginiano, que detesta exposição, fiz o que pude para ter a presença liberada na noite do próximo dia 2/10. Em vão. Por isso, o aperto no estômago passou a ser uma constante. E o constrangimento só aumenta quando se sabe que, por determinação contratual da editora, o autor não terá direito a nenhum volume para ofertar aos amigos. Nesse ponto, Eliane Peçanha fincou pé. Podem maldizê-la, que eu faço eco.

De todo modo, se algum dos integrantes do tradicional Grupo dos 15 – o universo de leitores dos meus escritos – puder comparecer, ficarei feliz. E que seja o que Deus quiser. Quem manda eu haver concordado com essa loucura?