Do analista dos Planaltos

Ao seu estilo ufanista e ególatra, Roberto Requião enviou um texto gravado para as rádios dando sua versão para a não formalização da aliança com o PDT de Osmar Dias. Segundo ele, esteve em uma reunião na casa do sobrinho João Arruda para discutir a coligação; depois foi com o deputado estadual Requião Filho na casa de Osmarpara acertar detalhes- tudo em família, nada de executiva do partido ou deputados. Como a coligação não foi aceita pelo pedetista, diante da indicação do funcionário comissionado do Senador para vice e outras exigências, para Requião, Osmar Dias, que até então era o melhor candidato ao governo, passou a ser apenas um tiete de Beto Richa e um Ratinho barbudo – e o título de melhor candidato passou para o sobrinho e filho da irmã, o deputado João Arruda. Não se trata de avaliar quem é de fato o melhor, escolha que caberá aos eleitores, mas constatar que com Requião é sempre assim: tudo gira no círculo mais íntimo da família – e quem está com ele é sempre a única escolha possível; deixando de estar, passa a ser considerado a pior alternativa. Puro fisiologismo eleitoral.