20:41Sorte e falta de caráter

… E então, com fogos e beijos, bebidas e delícias, de 31 de dezembro para 1º de janeiro festejamos –como 200 milhões de tresloucados– tanto o fim de um ano desprezível quanto a chegada de um ano que prevemos igual ou ainda pior. Nesse encontro do passado perdido com o não futuro, desejar “feliz 2017” é uma extravagância cômica. Ou sádica. Haveria alternativas adequadas. “Salve-se”. “Cuidado com 2017”. E a minha preferida: “Sorte”. Neste país, só duas coisas levam adiante: ou ter sorte ou não ter caráter. No primeiro caso, o mérito é um coadjuvante, mas não indispensável. No segundo, isso não interessa. (Janio de Freitas)

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