Da coluna Painel, da FSP
Palacianos não fazem mais rodeios para vaticinar: ou o governo mantém o Congresso perfilado ou corre sérios riscos de cair. Um auxiliar lembra que Michel Temer não tem “fígado de aço” como Renan Calheiros. Seu poder de resistência, portanto, é menor. Para tentar ganhar algum fôlego, o ideal seria uma reforma ministerial urgente. A presença de Eliseu Padilha (Casa Civil), alvejado pela Odebrecht, é a principal incógnita. O problema é que o ano praticamente acabou.
“Calma, essas são só as primeiras delações. Falta chegarmos até a de número 77”, ironiza um palaciano. Para o governo, a extensa delação dos executivos da Odebrecht traz uma vantagem: “Ao menos estão todos no mesmo barco”.