Da Folha.com
A ONG Human Rights Watch divulgou nesta segunda-feira (24), o resultado de uma investigação sobre a crise humanitária na Venezuela, marcada pela falta generalizada de remédios, insumos médicos e alimentos.
O relatório expõe como essa escassez tem tornado extremamente difícil o acesso de muitos venezuelanos a assistência médica essencial ou o atendimento das necessidades básicas de suas famílias.
Durante o mês de junho, a Human Rights Watch entrevistou mais de 100 pessoas em Caracas e seis estados –Aragua, Carabobo, Lara, Táchira, Trujilo e Zulia–, além de acompanhar a situação por telefone e outros meios de comunicação. Pesquisadores também visitaram oito hospitais públicos, um centro de saúde na fronteira com a Colômbia e uma fundação que oferece cuidados médicos.
O governo do presidente Nicolás Maduro nega veementemente que a escassez constitua uma crise. A falta generalizada de produtos é atribuída a uma “guerra econômica” travada pela oposição política, o setor privado e forças estrangeiras. O governo, entretanto, não ofereceu evidências para comprovar tais acusações.