Rogério Distéfano
Meus santinhos
Michel Temer usou 50 mil santinhos a mais, dos confeccionados para a eleição de sua chapa com Dilma. No processo que corre contra a eleição de ambos no TSE, a defesa de Dilma explica que o excesso foi para “a campanha de Temer”. Mas os petistas não diziam que Temer era ilegítimo, que só entrou no governo montado no cangote de Dilma? Agora teve campanha própria. Tiveram intoxicação por mortadela.
Cruela
Foto da ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo. Com todo o respeito, mas as mechas brancas e o cabelão lembram Cruela Cruel. Lembram, só isso, pois todo mundo sabe que a ministra é uma pessoa doce.
Nos autos
Até pouco tempo atrás valia a lei não escrita de que “juiz só fala nos autos”. Eles próprios, a maioria pratica, insistem que fora do processo e da sentença juiz não abre a boca sobre assuntos que estão, ou poderão vir a estar sob sua responsabilidade ou de colega.
De uns tempos para cá os juízes do Supremo mudaram o padrão: falam nos autos, nos ônibus, nos aviões, no bar, na rua, em programa de televisão com ou sem auditório, onde houver um microfone, eles falam.
Se é sobre processo que irão julgar, processo que colega irá julgar ou processo que colega já julgou, pouco importa. Importa a imagem na televisão e a fotinha no jornal, porque falam, na incontida pulsão do protagonismo.
Somos precários
No carro de som a militante sindical critica o governador de ‘precarizar’ os serviços públicos. Deduzi ser professora, já que o veículo estava descaracterizado e os professores estão mobilizados. Mas ‘precarizar’? Com tanta greve de professores, quem sabe o que é ‘precarizar’? Nem os alunos.
No entanto, justiça se faça à companheira do berrafone. Ela atirou na sombra e acertou no vulto: estamos todos precarizados pelo atual governador desde que ele precarizou nossa já precária inteligência e foi reeleito jurando que as finanças do Estado não se encontravam precarizadas. O buraco, não viu a companheira, não é só maior como é mais em baixo.
Camisa polo
“Um dia todos vão poder usar camisa polo” – de João Dória, o prefeito de São Paulo, eleito em primeiro turno. E os curitibanos fazem bico quando o futuro prefeito Rafael Greca fala do mau cheiro dos mendigos. No governo Greca os mendigos terão desodorante e chuveiros pagos pela prefeitura, além de dois pares de sapato e duas mudas de meias, pois se chulé de mendigo causa ânsia de vômito até nos cristãos devotos, que dirá nos fariseus, falsos cristãos da política. Melhor isso que camisa polo, pois em Curitiba faz frio.
Vantagem nenhuma
Airton Garcia, prefeito eleito de São Carlos, SP, assume com um patrimônio pessoal de R$ 440 milhões. E daí? Interessa saber qual o valor do patrimônio quando Garcia deixar a prefeitura.
≠
A diferença entre achar e encontrar? Procurar. Quem procura, encontra.