9:20Se a memória não me falha e a vista não me pisca…

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Maurício Fruet

Rogério Distéfano

CAMPANHA DE PREFEITO em Curitiba. Tem o zap zap falado Gustavo Fruet, sem rodeios e floreios, sorrisos e figuras de retórica, ironias e sarcasmos que o momento exige. Duro e seco como ofício da prefeitura. Não quer ser prefeito, quer ser promovido ao segundo turno, mérito de funcionário caxias. Perdeu tempo nas comissões da câmara. Recebesse as usuais comissões na câmara teria aprendido o jogo maroto da campanha.

Tão sério que nem invoca “sua” Márcia, que bem aproveitada renderia mais votos que a mulher Fernanda do prefeito anterior, o que – com métodos exatamente opostos – elegeu-se duas vezes governador, sem segundo turno, graças à nossa beócia ingenuidade.  A genética não foi generosa com nosso Gustavo. Privou-o da aparência e do magnetismo cativante do pai Maurício.

Também do appeal feminino, que enchia as urnas de Maurício com os votos das eleitoras embevecidas no imaginário sensual só de ouvi-lo, registro de baixo igual ao de Benito de Paula, a cantar em comícios e showmícios, caras e bocas de Wando, o sucesso de todos os três, ‘Fogo e Paixão’.

Gustavo pode não ter saído ao pai. Mas também não degenerou. Como os filhos bem educados, enxerga o mundo sobre os ombros do pai. Não por debaixo do sovaco do pai.

 grecarequião

Eu e ‘meu’ Requião

Segue Rafael Greca. Floreios, volteios, melosas declarações de amor à impessoal Curitiba e à pessoal “minha” Margarita – na ordem inversa. As pesquisas mostram a preferência do curitibano ao cover do padre Reginaldo Manzotti sem a elegância, a beleza, o charme, o carisma e o talento do pregador-patrão da TV Guadalupe. O padre, ao contrário de Rafael, fez a transição inteligente: trocou a paróquia Santa Terezinha dos ricos pela Guadalupe dos pobres e passageiros. Greca foi do céu lernista ao inferno requianista.

Avançando a pesquisa quem sabe se descobrisse que Greca quebra o primado evangélico, dominante na política brasileira, resgatando os católicos dos mistérios da eucarística, deixando para Tadeu Veneri os protocomunistas das comunidades eclesiais de base, MST, MSTeto, CUT et peterva, gente que confunde Cristo com Che Guevara.

Católicos do papado nepotista e das ninfas pré rafaelitas (o pintor, não o político), como Greca preferimos a cor certa na Catedral (‘Basílica” pelo seu pistolão com João Paulo II), a santa cristã e os querubins judeus das colunas jônicas da Cândido de Abreu e do Jardim Los Angeles. Greca não é católico das catacumbas; não nos promete pão mais circo. Será beijinho beijinho, cirquinho cirquinho. Queremos continuar na nau de Rafael, atracada em píer de baixo calado.

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Uma ideia sobre “Se a memória não me falha e a vista não me pisca…

  1. leandro

    Tenho falado aqui e em outros blogs, que Gustavo Fruet tem o DNA do pai. DNA esse da sabedoria e da bondade, DNA de não ser estrela muito menos dono da verdade.
    Gustavo não floreia não elogia sem sentido não se coloca como “deus”, no minuscolo sim, porque o verdadeiro se escreve de outra forma,
    Portanto florear, dizer que faz e acontece olhando uma passado que não volta e fica na história da cidade não resolve os problemas do município.
    Dizer que é objeto de uma criação de um dos melhores prefeito da cidade é subestimar a inteligência de uma geração que sabe bem como e quando esta “criação” esteve na prefeitura, sabe também que hoje não cabe mais obras de embelezamento sem que antes se atenda as necessidades básicas do povo.
    Não se pode omitir, muito menos mentir e afirmar que só uma pessoa sabe fazer. É um aunto elogio sem cabimento, portanto “burro”.
    Desta maneira quem não tem compromisso com a cidade é que se autopromove para tentar mudar o estado das coisas e isso caímos num velho chavão sempre falada, que é o de “voltar atrás nunca mais” e Curitiba “segue em frente”

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