Ministro RAIMUNDO CARREIRO, do Tribunal de Contas da União, que segurou por cinco anos sob vista processo do governo do D. Federal que levou à perda de R$ 370 milhões anuais pelo governo federal 

Olim piada

A grande disputa na Olimpíada será entre dois atletas brasileiros, Dilma Rousseff e Michel Temer. Vence o que receber menos vaias.

Institucional imoral

A empreiteira Odebrecht teria pago propina ao ex-governador Sérgio Cabral, do Rio, denunciou delator da empresa. Cabral rebate no costumeiro discurso dos políticos acusados: “indignação e repúdio ao envolvimento de meu nome com qualquer ilicitude”.

Já deve existir manual de frases feitas para isso, aqui só faltou o ‘veemente’. Cabral diz que suas relações com a Odebrecht foram “institucionais”. As ‘relações institucionais’ são o que há de vergonhoso e imoral na política brasileira.

Baba ovo coxinha

A Casa Cor, evento de decoração em Curitiba, homenageia o juiz Sérgio Moro dando seu/dele nome ao projeto-biblioteca, com direito a busto de Rui Barbosa, presenteado à fera da Lava Jato. “Ele fez de Curitiba a capital moral do Brasil”, justifica a diretora da exposição. Os livros da biblioteca devem estar grudentos de tanto baba ovo coxinha.

Jerico’s mind

Michel Temer apoia o projeto de elevar a 100% a participação de empresas estrangeiras no mercado aéreo do Brasil. Dilma queria 49%, o velho cacoete nacionaleiro. Há movimento no Congresso para aceitar desde que haja reciprocidade. A Gol, por exemplo, poderia comprar a Lufthansa e operar em todo o mundo. A Alemanha aceitaria a reciprocidade sem pestanejar.

Ranço de rábula

“E ademais disso, pelo que sei, a senhora presidente utiliza o avião, ou utilizaria, para fazer campanha denunciando o golpe” – o tuíte de Michel Temer viraliza na rede. Petistas e petetas saboreiam o ato-falho de admitir o golpe. Pior é o “ademais disso”, com ranço de rábula.

Safadão e sem noção

O ministério público cortou o barato do prefeito de Caruaru (PE), que contratara show de Wesley Safadão por R$ 575 mil, quando o município, atingido pela seca, está em estado de emergência, agravada pela queda de 8% da arrecadação de tributos.

O mesmo show, em Campina Grande (PB), custou R$ 175 mil, assim mesmo preço salgado. Não fosse o Wesley safadão, passaria recibo de lavagem de dinheiro. Seja como for, o prefeito – como a maioria deles – é sem noção. E safadinho.

Brazilian way

Donald Trump, o candidato republicano à presidência dos EUA, contratou suas empresas para fornecer mercadoria e serviços à própria campanha. O dinheiro da campanha vem de contribuições particulares. Não chega a ser mutreta de escala e padrão brasileiros. Mas é um começo. Imagina o petrolão que um cara desses não faria caso eleito.

Mário elétrico

Por favor, não escrevam que o engenheiro elétrico Mário Pereira está cotado para presidente da Itaipu. Mário Pereira pode ser elétrico na pessoa física. Mas na jurídica é engenheiro eletricista. Uma coisa os atributos energéticos do ex-governador, outra coisa sua formação profissional. Sobram-lhe eletricidade e qualidades para o cargo.

(ROGÉRIO DISTÉFANO)