6:41O ANARQUISTA

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“Advogados e pintores conseguem converter o branco em preto” – provérbio dinamarquês, aqui dedicado ao ministro José Eduardo Cardozo, advogado geral da União, que em poucas horas elevou o deputado Waldir Maranhão do baixo clero para a história pátria. 

Anulação da república

Depois dos vexames do impiche e da anulação do impiche pelo vice-presidente da câmara dos deputados é mais que hora de se fazer a anulação definitiva, redentora: a anulação da república – ou da proclamação da república, tanto faz.

Tudo que acontece de ruim no Brasil desde 15 de novembro de 1889 é resultado do golpe da proclamação. Quem anula? O Congresso, evidente que não, falta-lhe competência e moral. Isso é trabalho para o Supremo, que vem salvando a cara do Brasil.

Marimbondo de porre

Nada contra os baixinhos bigodudos, mas esse Waldir Maranhão (PP/MA), o vice da câmara que anulou o impiche, tem fuças de ditador cucaracha. Mas não passa de um marimbondo a soldo de Flávio Dino, o governador de seu estado, de quem recebeu a ordem de melar o impiche.

Devagar com o andor

Dilma, finalmente, fez algo sensato: pediu calma aos aliados sobre a anulação do impiche. Aprendeu com Michel Temer, que montou ministério antes de ser presidente.

Tabajara, bananeira, cucaracha

“É mais uma ‘Operação Tabajara’. Se não fosse um ato circense, seria realmente um ato criminoso, de tentativa de fraude. [Não faz nenhum sentido um presidente da Câmara revogar a decisão tomada pelo plenário da Casa]”.

“A gente fica com vergonha do nível jurídico, inclusive do advogado-geral da União” – do ministro Gilmar Mendes, do Supremo e vice do TSE, que critica a anulação do impiche e rebaixa para rábula o advogado geral de Dilma, José Eduardo Cardozo.

Yes, não temos muvuca

Graças à muvuca federal o povo não toma conhecimento nem discute os problemas de seus estados – tão graves e viciosos quanto os de Brasília. Falo dos estados que não se prezam, sem eleitorado e opinião pública atuantes, efetivas.

Honrosas exceções para São Paulo, Rio e Minas Gerais, onde o pau corre solto contra políticos nada honrados. O resto do país vive a placidez bovina, os ambientes dominados, o povo deitado eternamente no berço sem esplendor.

Em tempo

Nós do Paraná não podemos entoar o cântico de Brasília: “não brinquem com a democracia!” A gente por aqui brinca com ela o tempo todo, como se tivéssemos democracia real, não essa coisa formal de eleições, eleitos e órgãos do estado fechados em si mesmos e para si mesmos. Se a gralha azul pensasse, já estaria vermelha. De vergonha.

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(ROGÉRIO DISTÉFANO)

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Uma ideia sobre “O ANARQUISTA

  1. Zé Ninguém

    Pessoas como o Cunha, este tal de Maranhão, a querida companheira Dilma, o nosso representante no Senado, o Senador Maluco e o 51 toda vez que abrem as suas bocas mais nos rebaixam aos olhos do Exterior. Se ficassem de boca fechada faziam mais pela Pátria do que falando as asneiras que falam.

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