Quem leu as quarenta páginas da denúncia do Ministério Público sobre os funcionários do PPS que recebiam pela Assembleia Legislativa acha que a situação do presidente do partido, o deputado federal Rubens Bueno, pode se complicar muito daqui pra frente. Primeiro pelo discurso da moralidade que é marca do partido e que o faz aparecer em rede nacional detonando e pedindo a cabeça, por exemplo, de Eduardo Cunha, o presidente da Câmara dos Deputados. Ontem, na Assembleia Legislativa, a confirmação do pedido do MP foi comemorada por muitos, assim como na Prefeitura de Curitiba, já que Bueno tinha se apresentou mais uma vez como pré-candidato a prefeito para as eleições do ano que vem. Os que têm mais memória lembraram também que em 2010 houve uma denúncia de que o motorista que serve a anos o presidente do PPS do Paraná recebia do Legislativo do Paraná. No mesmo ano, Jocelito Canto, em guerra política com Marcelo Rangel em Ponta Grossa, disparou uma metralhadora com petardos onde cravava que, de fato, funcionários do diretório do PPS recebiam da Assembleia. Há quem ache que a ação de improbidade administrativa, se acolhida pela juíza que recebeu a denúncia, é apenas o início do martírio principalmente de Bueno, pois se o que foi dito em depoimento aos promotores por quem trabalhou no PPS coloca-os também como funcionários fantasmas do Legislativo. Em brasileiro isso quer dizer que o mote de “Limpinho” sempre utilizado pelo partido, agora sujou.