A bobajada da semana, que vai render, é o início da discussão, na Assembleia Legislativa, do projeto que visa impedir que professores doutrinem ideologicamente os alunos nas escolas do Paraná. De um lado, uma tropa onde evangélicos forma a maior defensora da coisa, como se não estivesse ali por causa da doutrinação religiosa em todos os meios que dispõem. Do outro, os teleguiados da APP-Sindicato. Para colocar gasolina na fogueira, a imprensa deitando falação como arauto da sabedoria pai d’égua. No meio, uma multidão de alunos que, em muitos e muitos casos do ensino público, esse mesmo que ficou três meses sem aula neste ano por motivos… motivos… ideológicos, pois não? termina o segundo grau sem ter noção do significado do que leem e escrevem. Xingam-se de direita e esquerda e adotam a tática do pouca farinha meu pirão primeiro. Se o governo fosse outro, do PT por exemplo, e professores estivessem espalhando a “doutrina” pregada por, vamos radicalizar, Jair Bolsonaro, o que aconteceria? Na verdade essa muvuca ressalta que ninguém está nem aí com os alunos, com a formação de seres humanos que possam pensar por si mesmos, sem essa de colocar qualquer tipo de viseira ideológica babaca de acordo com a imbecilidade travestida de sabedoria dos que pensam que sabem alguma coisa – mas que são frutos do mesmo tipo de pregação arrogante e castradora.
Parabéns aos que querem que o caos só aumente na educação dos nossos filhos. Meus não, porque os meus já saíram deste circuito, deste jeito os estudantes sairão mais alienados e idiotizados do que saem hoje da escola. Gente mais preocupada com ideologia de gênero do que saber somar ou dividir, gente que não sabe nem ler e, muito menos interpretar o que, mal e mal, leu. A deseducação está na raiz neste Projeto de Poder que o Governo vem instalando no País, gente que não sabe pensar só pode seguir o que outros lhe dizem que é bom ou ruim. Os jovens estão se tornando escravos de ideologias que não entendem e reféns de um sistema capitalista-socialista que os escraviza cada dia mais.
O signatário blogueiro fez a leitura do DNA básico constante desta discussão. Nada mais precisa ser dito ou observado!
Tudo começou com a bobajada de que “a escola não tem que ensinar, tem que formar cidadãos…”.
Ora bolas, só forma cidadãos a escola que ensina matemática, português, geografia, biologia, história, física, química. Orientação política ou religiosa não são ensino. Aliás, estão perigosamente juntas. Política hoje é quase religião. As pessoas acreditam nos partidos políticos com fervor religioso. Resumindo, ser cidadão é sair da ignorância. O resto é discurso vazio.
Primeiramente gostaria de saber o que é um sistema capitalista-socialista?? Expressionante alguém que tem uma visão dessas!!
Outra questão importante que já vem desde a antiguidade clássica, é a fala de Aristóteles “O HOMEM É UM ANIMAL POLÍTICO”. Como retirar a política da escola?? A escola é política por natureza! Isso já está dentro do seu próprio projeto que é denominado: “Projeto-POLÍTICO-Pedagógico.
A questão das contradições de classes, faz parte da formação humana e que os alunos tem acesso a esse conhecimento na matriz curricular da área de ciências humanas – Geografia, História, Sociologia, Filosofia, Arte e Educação Física.
Isso faz parte da formação de nossos alunos!! Não só da rede pública, mas também, da rede privada – de todo o território brasileiro. Isso não quer dizer que o aluno será do partido A, B ou C. Mas sim, que ele está tendo acesso a um conhecimento historicamente acumulado, que vai auxiliar na formação enquanto agente social. Que pode sair da escola com perspectiva positivista, liberal, republicana, social-democrata, comunista ou anarquista.
Ou será que os nobres parlamentares acham que a escola é para formar postes?? Não entende nada de Educação esses “nossos representantes”.
Como diz um jornalista-filósofo: “Isso é Política!!”.