9:25Ela termina o mandato?

por Elio Gaspari

Desde que Ricardo Pessoa começou a colaborar com as autoridades, essa pergunta tornou-se um complemento rotineiro aos comentários para quaisquer fatos. Milton Pascowitch fechou seu acordo de colaboração e José Dirceu pediu um habeas corpus preventivo. Será que ela termina o mandato? Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Petrobras, está preso. Será que ela termina o mandato? O deputado Eduardo Cunha sugere que seu aliado Michel Temer abandone a coordenação política do governo porque, enquanto ele costura alianças de dia, o PT descostura-as à noite. Se o PMDB se afastar ainda mais do Planalto, será que ela termina o mandato?

O regime democrático brasileiro elegeu quatro presidentes: Fernando Collor, FHC, Lula e Dilma. Um foi para casa antes de concluir o mandato. Se isso acontecer a outro, chega-se a uma taxa de mortalidade de 50%. (A do vírus Ebola esteve em 70%.)

Indo aos mecanismos práticos existentes, Dilma Rousseff pode ser impedida pelo Congresso. Nesse caso, assume Michel Temer para concluir o mandato. Trocar Dilma por Temer vem a ser o quê?

Dilma também pode ter o seu mandato anulado pelo Tribunal Superior Eleitoral e há processos que, algum dia, podem acabar dando nisso. Nesse caso, a vice de Temer vai junto e assume Aécio Neves. No país do futebol, entregar a taça a quem perdeu a final é uma coisa meio girafa.

Noutra hipótese, o TCU pode rejeitar as contas da doutora, enviar sua decisão ao Congresso e vê-la referendada, o que provoca um impedimento com padrinho. É uma fórmula engenhosa, mas o Tribunal de Contas não chega a ser um tribunal e sua relação com as contas dos poderosos jamais encantou a plateia.

Nenhum desses três mecanismos fica de pé sem o ronco da rua. Não se pode dizer se ele virá, nem como virá. Quando se tratava de mandar Collor para casa, empossar Itamar Franco pareceu uma boa ideia. E foi.

Presidente com um dígito de aprovação antes de completar um ano é coisa nunca vista. Quem levou a doutora Dilma à situação em que está não foi a oposição, muito menos os moinhos de vento que o PT vê a cada esquina. Foi ela mesma. Como sairá dessa, só ela poderá saber. As razões pela qual entrou nessa enrascada foram muitas. Talvez a maior delas, por desnecessária e megalomaníaca, tenha ocorrido dias depois de sua vitória no ano passado, quando o PT tentou atropelar o PMDB.

Compartilhe

4 ideias sobre “Ela termina o mandato?

  1. Sergio Silvestre

    Se for levara ferro e fogo a oposição com maçonaria a postos e todas irmandades obscuras agindo,vai sim ter um golpe no Brasil,como aquele do Collor,onde ele não repartiu o butim com os anões do orçamento que depois vieram a ser defenestrados e alguns presos ele foi levado a guilhotina dizem que por causa de uma ELBA.
    Pois bem,quem tem memoria se lembra da traição do FHC quando por meio de manobras não deixaram que o Itamar Franco com uma aprovação de 85% tivesse uma reeleição que seria uma barbada,tanto fizeram foi para que isso não acontecesse e o FHC quase por W-O viesse a ganhar.
    Mas ai 4 anos depois,eles comprando todo o congresso com dinheiro de corrupção das privatarias aprovaram a reeleição e ai que foi mais feio,nenhum juiz ou outro setor da sociedade chamou aquele governo de ladrão,de vaca,pinguço e todos os palavrões que são lidos e escutados por ai.
    Aquele bundão,duble de presidente quase naufragou com o plano real,onde o dólar chegou bater perto dos 4 reais e nosso salario minimo chegou ficar perto dos 40 dólares que dava pra comprar 4 latas de azeite.
    Mas estavam com as burras cheias,então vamos deixar o PT galgar ao poder e acabar de quebrar o Brasil,mas deram com os burros nagua,o PT recuperou o Brasil e deu um grande impulso em tudo que poderia ser um caos se continuasse o FHC.
    Quando as elites se deram conta,tinha filho de pedreiro estudando no mesmo colégio dos filhos de bacanas e pintores etc sentados nas numeradas de estádios compartilhando com os ricos seus espaço.
    E aquilo que era para durar quatro anos durou 12 e vai para os 16 e isso se tornou insuportável para o capital,que gosta mesmo é de juros altos e mão de obra barata.
    As irmandades vieram para a batalha,nas reuniões as cobranças das esposas que não tinham mais 5 empregadas e estavam precisando de uns cremes para as mãos por causa da ação dos detergentes.
    E entre os homens de ternos bem cortados e botons diversos nas lapelas preocupados com o destino prospero do Pais e suas exclusividades estavam sendo ameaçadas pelos pobres que cada vez mais cobravam e cada vez mais galgavam postos na piramide social.
    Assim começou a guerra,vamos tentar separar o Pais do Nordeste foi o primeiro mote,vamos boicotar os estudantes nordestinos que estão levando mais de 60% das vagas em universidades e sobrando pouco para os meninos ricos que tem que pagar para estudar em universidades particulares.
    Ai então a nata da sociedade mandou panfletos,juntou se a mídia com pouca verba federal e saíram pelas ruas,muitos eram manifestantes num dia e indiciados no outro,mas o golpe estava em curso.
    E vai ser de corar freira,mas que vão tentar vão,só não sabem o efeito colateral disso que pode levar o Pais a uma distensão,ou para uma revolução.

  2. leandro

    Daí ele acordou e viu que o pais estava quebrado igual a Grécia e assim precisavam achar um pretexto, um culpado. Antes era a herança maldita do FHC, depois os jornais ( veja e outros) a oposição burra, a raça branca, os coxinhas e agora já falam em maçonaria. Que sinistrose ambulante, será que isso pega, é contagioso?

  3. Oto Lindenbrock Neto

    Nem tanto ao mar nem tanto à terra. PT é PSDB são idênticos. A única diferença é que os membros do primeiro falam um português atroz. Os do segundo acham que falam inglês.

  4. Toledo

    Leandro você esta uma escabiose. Sua vida melhorou muito com os governos do PT. Você sabe disso e sua família também. Afrouxa a tanga.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.