por Zé da Silva

Capricórnio

olhou no buraco do visor e a teleobjetiva de 400 mm começou a esquadrinha aquela elevação de pedra que o fez lembrar contatos imediatos do spielberg com nossas fantasias infantis na linha de uma das laterais ele parou quando viu a plantinha arbusto árvore sabe-se lá brotando da pedra preta como se fosse um cabelo solitário no alto da careca fez clicou uma duas três dezenas de vezes a mesma cena que o paralisou e aí não pode se conter guardou o equipamento no quarto da pousada e como atraído pela flauta mágica foi para lá atravessando mata fechada chegando à base do morro escalando tudo sem equipamento ferindo as mãos mas o olhar fixo naquilo como se estivesse como se estivesse olhando através de uma lente e a lente era seus olhos e aí ao chegar pertinho viu que era um arbusto e que tinha pequenas frutas vermelhas ele tirou e comeu porque assim estava determinado então começou a ter alucinações e olhando para a direção de onde estava antes onde tudo começou se viu com a máquina e a objetiva ouviu os cliques e agora uma das imagens com ele estava na rede e ele enxergava todos os que olhavam aquilo e numa das casas saiu e olhou para a tela e ele estava lá tirando uma frutinha do pé.