7:52Memórias do cárcere

Do Analista dos Planaltos 

Monica Bergamo produziu, para a Folha de S. Paulo de domingo, uma extensa matéria sobre a vida dos empreiteiros e doleiros presos nos cárceres da Polícia Federal em Curitiba. Duas delas e suas implicações mais evidentes:

– Os presos são obrigados a lavar as próprias meias e cuecas. Ou seja, apanhados em uma operação denominada “Lava Jato” e com alguns deles especializados em lavar dinheiro, sairão do xilindró com pós-graduação em lavagem de roupa mesmo.

– Os empreiteiros têm de usar sanitários sem qualquer privacidade, expostos aos olhares dos companheiros de cela. Traduzindo: acostumados a fazer suas c… no particular, agora precisam fazer a m… em público.

 

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4 ideias sobre “Memórias do cárcere

  1. Ivan Schmidt

    A reportagem da Mônica Bérgamo é uma das melhores coisas que a imprensa publicou nos últimos tempos. Quanto à turma do Santa Cândida Sheraton, deve estar com uma bruta inveja dos socialites que estavam todo dia na coluna do Ibraim Sued: alguns deles mandavam lavar meias, cuecas e camisas numa lavanderia de Paris. Sorry periferia…

  2. Beto

    Em: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/02/juiz-abre-possibilidade-de-levar-presos-da-lava-jato-para-presidios.html

    23/02/2015 17h19 – Atualizado em 23/02/2015 17h19
    Juiz abre possibilidade de levar presos da Lava Jato para presídios
    Moro questionou defesas de executivos sobre interesse em transferência.
    Segundo juiz, questionamento decorre de reclamações sobre celas da PF.

    Fernando Castro Do G1 PR
    O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Operação Lava Jato que tramitam na 1ª instância, abriu nesta segunda-feira (23) a possibilidade de transferência de presos para o sistema prisional estadual do Paraná. Atualmente, eles estão presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

    OPERAÇÃO LAVA JATO
    PF investiga lavagem de dinheiro.

    No despacho, o juiz cita 13 executivos de empreiteiras, além do lobista Fernando Baiano e o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Moro cita reclamações de advogados à imprensa sobre as condições das celas na PF, e consulta as defesas sobre eventual interesse na transferência dos clientes para penitenciárias estaduais. “Ainda que para estabelecimentos reservados a presos com direito à prisão especial”, ressalta.

    “Não houve, perante este Juízo, qualquer reclamação formal sobre as condições das celas ou qualquer pedido de transferência ao sistema prisional estadual”, ressalta Moro. Conforme o juiz, apesar de as celas da PF possuírem limitações, uma vez que se trata de prisão de passagem, a Justiça havia entendido que a permanência nelas era de interesse dos próprios acusados.

    Os executivos citados são Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC Engenharia; Eduardo Hermelino Leite, Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, da Construtora Camargo Corrêa; José Ricardo Nogueira Breghirolli, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS; Sérgio Cunha Mendes, da Mendes Júnior; Gerson de Mello Almada, da Engevix; e Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia.

  3. Beto

    Em: http://www.oantagonista.com/posts/sergio-moro-da-o-troco-nos-pilantras

    Sergio Moro dá o troco nos pilantras
    Brasil 23.02.2015

    A colunista Mônica Bergamo, sobre quem não temos suspeitas, somente certezas, publicou uma reportagem lamuriosa sobre as condições “terríveis” em que vivem os diretores de empreiteiras e operadores do Petrolão na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Tudo parte do esforço dos advogados dos pilantras para vitimizar os presos perante a opinião pública e os ministros do STF que podem reverter as prisões preventivas.

    O que fez o juiz Sergio Moro depois da publicação da reportagem? Intimou os advogados dos meliantes a responder se os clientes preferiam ir para o presídio estadual. O prazo para a resposta é de 48 horas.

    Enquanto os advogados estão indo, Sergio Moro já voltou faz tempo. Por isso, eles o odeiam. Por isso, nós o admiramos.

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