Da Gazeta do Povo
Em reunião, professores reafirmam greve e programam atos
Novo ato geral está sendo organizado para quarta-feira (25) em Curitiba. Categoria aguarda que nova reunião com o governo seja entre segunda e terça-feira
Depois de mais de dez horas de debate, o Conselho Estadual da APP-Sindicato, que reúne representantes dos professores e servidores da educação das várias regiões do Paraná, reforçou, neste sábado (21), a manutenção da greve da categoria.
No encontro, que começou às 9 horas e terminou por volta das 19h30, eles também decidiram pela organização de atos para pressionar o governo a atender as reivindicações da classe.
Segundo a secretária de Finanças da entidade, Marlei Fernandes de Carvalho, nesta segunda-feira (23) serão realizadas reuniões nos comandos de greve regionais do estado para discutir a manutenção da greve. Na terça-feira, serão feitos atos regionalizados pelos professores.
Novo grande ato
Já na próxima quarta-feira (25), professores e servidores de escolas públicas estaduais de todas as partes do Paraná participam de um novo ato em Curitiba.
A ideia é formar uma grande concentração, e, quem sabe, juntar tantos servidores como na primeira semana de greve, quando o movimento, com apoio de estudantes e outras classes de trabalhadores, conseguiu evitar a votação de um projeto do executivo estadual com medidas de austeridade, o chamado “pacotaço”.
“O pessoal está indignado e ao mesmo tempo empolgado em poder demonstrar para a sociedade todos estes problemas, que, inclusive, vão para além da educação básica”, comentou a professora e uma das dirigentes da APP-Sindicato Walkíria Olegário Mazeto.
A pauta de defesa do ato em Curitiba, segundo Walkíria, vai depender do resultado da próxima reunião que a categoria terá com o governo. O encontro deve acontecer nesta segunda ou terça-feira. A data e o horário exatos serão definidos após uma resposta do governo.
Sem acordo
As propostas feitas nesta sexta-feira (20) pelo Governo do Paraná aos professores foram reavaliadas no encontro deste sábado. No conjunto, elas foram rejeitadas por não atender às reais necessidades da classe.
De acordo com APP-Sindicato, a entidade continua insistindo no pagamento único do terço de férias que não foi pago – o governo quer pagar em mais de uma parcela.
A categoria também exige a imediata abertura e programas e projetos nas escolas, a nomeação dos 463 professores aprovados em concurso e a posse dos mil pedagogos, conforme prometido pela Secretaria de Estado da Educação (Seed). “Na verdade, com essa pauta, só queremos reestabelecer o que a gente já tinha ano passado”, explicou a dirigente.
A greve dos professores da rede pública estadual do Paraná completa duas semanas nesta segunda-feira (23).