17:35Juiz aceita denúncia do MPF contra nove acusados na Lava Jato

Do G1

O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou nesta sexta-feira (12) denúncia oferecida na quinta-feira pelo Ministério Público Federal contra nove pessoas por suspeita de participação em crimes como corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O MPF do Paraná apresentou na quinta-feira denúncia contra 36 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal para investigar lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As investigações resultaram na descoberta de um esquema de desvio de dinheiro e superfaturamento de obras da Petrobras.

Ségio Moro aceitou denúncia contra os seguintes suspeitos de participação no esquema: o doleiro Alberto Youssef, suspeito de liderar o esquema de corrupção; o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa; o dono da MO Consultoria, Waldomiro de Oliveira; o representante formal da GFD Investimentos, Carlos Alberto Pereira da Costa; o ex-dono da corretora Bônus Banval, e que atuava na área financeira da empresa GDF, Enivaldo Quadrado; o vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada; e os diretores da empreiteira Carlos Eduardo Strauch Albero, Newton Prado Júnior, Luiz Roberto Pereira.

Como Sérgio Moro aceitou a denúncia, os investigados passam à condição de réus no processo. No despacho, o o juiz afirma que há indícios de que foram cometidos, além do crime de organização criminosa, crimes de formação de cartel; frustração à licitação; lavagem de dinheiro; corrupção ativa e passiva; evasão fraudulenta de divisas; uso de documento falso; e sonegação de tributos federais.

Entenda a Lava Jato

A operação Lava Jato começou investigando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação acabou resultando na descoberta de um esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema, e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

A sétima fase da operação policial, no mês passado, teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras em um valor total de R$ 59 bilhões.

Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, foram expedidos na sétima etapa da operação 85 mandados em municípios do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Distrito Federal.

Conforme balanço divulgado pela PF, além das 25 prisões, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão. Também foram expedidos nove mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir à polícia prestar depoimento), mas os policiais conseguiram cumprir seis.

 

 

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