14:26A mãe e as pensões

Da Folha.com, em reportagem de Estelita Hass Carazzai

Mãe de Richa mantém pensões ao não formalizar união com companheiro

A mãe do governador Beto Richa (PSDB) recebe duas pensões pagas com dinheiro público na condição de viúva do ex-governador e senador José Richa, um dos fundadores do PSDB e pai do atual governador do Estado.

Arlete Vilela Richa, 74, porém, mantém uma união estável, não formalizada, há pelo menos quatro anos e perderia o direito a essas duas pensões se casasse. José Richa morreu em 2003.

Hoje, ela mora com o médico Farid Sabbag, tratado publicamente como seu marido – mas sem se casar no papel. As pensões, pagas pelo governo do Paraná e pelo Senado, somam R$ 37 mil por mês, ou R$ 29 mil líquidos, descontados o Imposto de Renda e outras deduções.

Ela recebe os valores desde a morte de seu marido, que foi governador do Paraná (1983-1986) e senador por três mandatos (entre 1979 e 1995).

De acordo com as assessorias do governo estadual e do Senado, Arlete Richa continua tendo direito às pensões mesmo vivendo com um companheiro ou em uma união estável, como é o caso.

Folha procurou a viúva para saber por que ela não formalizou a atual união – primeiro por meio de assessores de Beto Richa, depois com uma carta deixada em sua residência. Não houve resposta até quinta-feira (2).

EMBASAMENTO

No governo do Paraná, as pensões para ex-governadores e suas viúvas, previstas em lei estadual de 1963, foram extintas no início da gestão de Beto Richa, em 2011 –mas aquelas concedidas antes da Constituição de 1988, como a de Arlete Richa, foram consideradas legais.

Esses benefícios, segundo a Procuradoria-Geral do Estado, estão em “perfeita simetria” com o subsídio previsto para ex-presidentes na Constituição Federal de 1967, daí a sua legalidade.

Além de Arlete, outras três viúvas recebem a pensão do Estado, no valor de R$ 26 mil: Flora Munhoz da Rocha, Madalena Mansur e Rosi Costa Gomes da Silva.

No caso do Senado, a pensão de Arlete Richa, de R$ 10 mil, foi concedida como beneficiária do extinto IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas), que permitia a aposentadoria proporcional após oito anos de mandato.

Os senadores contribuíam com parte do seu salário ao IPC, e o Congresso fazia outra contribuição de igual valor. Hoje, os beneficiários têm deduzido um valor mensal para sustentar o pagamento de futuros pensionistas.

Na madrugada de quarta (1º), durante o debate na afiliada da Globo, o candidato ao governo Roberto Requião (PMDB) mencionou o tema.

“Ele [Richa] deveria explicar por que paga [pensão] para sua mãe, que não formalizou um segundo casamento para não ter a possibilidade de vir a perdê-la.” O tucano não fez comentários a respeito

 

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7 ideias sobre “A mãe e as pensões

  1. Franco

    Pois e meu caro todas as viuvas fazem isto principalmente quando o s alario e gordo,eseocorererda dona Maristela ficar viuva sera que ela vai abdicar de receber

  2. toledo

    É chutaram o Mamona pela aposentadoria, mas a Mãe do Beto Jeitoso esta com de bem com a vida e o povo com o fiofó dilacerado. É legal, mas imoral. O duro é que esses políticos ( e familiares ) viram parasitas do dinheiro do Povo e Povo feito Bobo ainda acredita que eles são pessoas comprometidas com o social. A primeira dama do Jeitoso, foi de helicóptero distribuir cobertores aos pobres.

  3. leandro

    É verdade na gestão anterior provavelmente os cobertores, se é que foram distribuídos, fora entregues ao pobres a cavalos e olhe que tinha perto de 84 lá no Canguirí a um custo de + ou – R$1.550,00 por mês temos R$126.000,00 cada mês. Seria mais barato e mais rápido ir mesmo de helicóptero, sem contar que o cavalo Silver do Zorro e o Escoteiro do Tonto não faziam esse tipo de serviço, ficavam no come e dorme.

  4. Carlos

    Legal esse negócio não é. No nível federal, já houve anulação, pelo Tribunal de Contas da União, de pensão a filha solteira que manteve união estável sem oficializar o casamento. Essa estória só fica como está pela inércia de quem deveria promover a anulação da pensão.

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