8:24O quarto candidato

Se alguém pensa que Silvio Barros (PHS), ex-prefeito de Maringá, lançou o seu nome para a disputa do governo do Paraná para fazer qualquer tipo de acordo imediato, pode tirar o cavalinho da chuva. Pelo menos é o que ele garante. “Vou até o fim da disputa”, informa. Claro que a garantia é ele mesmo, que de cara avisa que, apesar de ter na coordenação da campanha o irmão Ricardo Barros, age de maneira muito diferente. “Ele é um trator político. Eu sou um gestor administrativo”, afirma. Ele diz que entre eles há entendimento, não atropelamento. Silvio Barros terá 2 minutos na propaganda política. Acha suficiente. Se fechar algum acordo até o final do mês, poderá chegar a 3, que considera ideal. No quadro atual da disputa, a beligerância entre os três principais candidatos (Richa, Gleisi e Requião), segundo ele, abrirá espaço para sua pregação. Qual é? Por exemplo: a de que falta  planejamento estratégico para as mais diferentes regiões do Paraná, principalmente na questão de infraestrutura. Afirma que tudo pode ser feito e sem que o Estado coloque um tostão. Cita o projeto pronto da estrada de ferro para trens de passageiros entre Londrina e Maringá, que está engavetado no BNDES e que beneficiaria a população de 13 municípios. Engenheiro Civil com especialização na área ambiental, Barros vai apresentar na campanha seu cartão de visitas que é a administração de Maringá. Uma das jóias implementadas, com certeza, é o Observatório Social, órgão com representantes da comunidade que passou a fazer o controle interno da prefeitura. Ele acha que isso pode ser aplicado em qualquer administração. Na semana passada esteve em São Gonçalo do Amarante, cidade de 50 mil habitantes do Interior do Ceará, ajudando na implantação desta “secretaria” cujo comando é escolhido sem interferência do Executivo. Ele não esconde que sua administração teve problemas com o Ministério Público, mas diz que segue o ensinamento de Ghandi que diz que as leis têm que ser respeitadas, mas entre isso e o benefício da população, fica com o segundo. Em tempo: ele não tem nenhum empecilho jurídico que impeça a candidatura. Outro ponto que deverá abordar na campanha e que, diz, será polêmico porque nenhum candidato faz com medo de perder votos, é a questão dos deveres da população, que está acostumada a apenas cobrar seus direitos. Cita o caso da dengue que não vai acabar nunca, segundo ele, enquanto cada cidadão não fizer sua parte, ou seja, cuidar da casa, do quintal, etc. “Quantos leitos de hospital não ficariam livres com isso?”, questiona. Silvio Barros é adventista. Terá um problema com isso. Além de não fumar, não beber, não tomar café e não comer carne, não trabalha aos sábados, ou seja, não fará campanha. Acredita que, mesmo assim, vai passar seu recado. Diz que, no final das contas, no mínimo terá apresentado uma proposta que fará com que o próximo governador o chame para conversar a respeito.

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3 ideias sobre “O quarto candidato

  1. Oto Lindenbrock Neto

    É claro que não vai retirar a candidatura! Vai “negociar” o apoio para o segundo turno, numa eleição turbinada com o metaleiro Bob Req, o Ozzy Osbourne da política. Alguém duvida da capacidade de “businessmen” da Barros Family? Esse pessoal tem faro. Ricardo Barros está onde o poder está. Consegue apoiar o PT, o PSDB, a URSS a Otan, o Fatah, o Mossad, a KGB, a CIA, os Fanáticos e a Império Alviverde, sempre junto e misturado. Sem perder o sorriso e a pose. Premio Nobel de física para a famiglia Barros. Conseguiram descobrir como estar em vários lugares ao mesmo tempo e ainda lucrar com isso.

  2. Parreiras Rodrigues

    Oto L. Neto está certo. Mas, no páreo que se apresenta, tem espaço prá zebra, sim senhor. Aliás. o Ricardo começou sua vida política, zebrando.

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