Todos torcem e rezam para que a experiência das faixas exclusivas para ônibus e bicicletas deem certo em Curitiba, mas a maioria dos leigos tem dúvida e está incomodada por uma questão prática: se o número de carros não diminuiu e havia congestionamento nas horas de pico, como é que agora, com o estreitamento do espaço, a coisa vai melhorar? Alguém vai dizer que muita gente vai deixar o carro na garagem. Hummmmm. A conferir.
Tem um ditado popular e antigo que diz ” o exemplo começa em casa”. Diante desta medida da Prefeitura em implantar a chamada ” via calma” inicialmente na Avenida 7 de Setembro, já demonstrou que mesmo usando o termo de “politicamente correto” não agradou muita gente.
Há queixas de que a via além de diminuir a velocidade que não se trata de velocidade nominal, mas sim real, congestiona a própria & de Setembro como as demais ruas quer sejam as paralelas como as transversais. O IPPUC precisa “inovar” mas para melhorar o já caótico trânsito da cidade. Com relação a o exemplo, acho eu e é puramente pessoal, que os Secretários e demais cargos comissionados da Prefeitura, juntamente com todos os demais integrantes de escalão superior do Município, seja na administração direta, indireta, fundacional e autárquica, bem como o Legislativo ( obviamente a base de apoio) se desloquem para suas bases profissionais de bicicletas, mesmo que ainda não tenhamos ” faixa calma” em sua plenitude. Esta medida seria um bom exemplo e um ótimo teste para que os personagens criadores de tal programa pudessem constatar “in loco” e não ficarem loucos , transformando a “via calma” em “nervosa”. Já imaginaram um secretário, um procurador e todos aqueles que demandam aos trabalho com vestimenta apropriada, (terno gravata), já imaginaram nos dias chuvosos e frios ou mesmo com o calor que este ano foi recorde na cidade?
Claro que medidas devem ser tomadas para reduzir a poluição, o caos no trânsito, e não se trata de criticar por criticar , é interessante a medida mas não como foi feita, para isso há que ter também a redução de benefícios na aquisição de veículos, coisa que o Governo Federal não quer e ainda incentiva a compra deste bem. Então fica difícil nós vermos a falta de criatividade dos nossos gestores, pois as medidas são especialmente escolhidas sempre atrapalhando a vida da população. Não se trata de dar preferência ao automóvel, mas vamos e venhamos a medida é no mínimo estranha para não dizer outra qualificação. Até parece que alguns gestores brincam com aquilo que particularmente gostam. Aqui, um gosta de bicicleta e outro de automóvel. Quem sabe possam, um andar de triciclo e outro ter um autorama para ter seus desejos atendidos e usem assim suas criatividades reais no sentido de tumultuar menos. Mesmo a medida sendo interessante, não me parece de fácil aplicação, pois ontem , claro que foi no primeiro dia, mas já deu para notar a falta de atenção de agentes municipais no sentido de coibir o trânsito de veículos, em especial taxis e motocicletas na tal via e isso pude constatar em vários pontos da 7 de Setembro, sem contar o continuo ingresso de ciclistas na canaleta do expresso. Então é urgente, necessário não só uma campanha de educação ao motorista, mas motoqueiro, ao ciclista e fiscalização constante.
Depois do velho testamento,que tal a gente ler também o novo?
Vendo a faixa chamada de calma e noticiários e no local a constatação da confusão armada, observar que não será uma faixa pintada no asfalto que irá disciplinar o trânsito, principalmente os ciclistas, motoristas e motociclistas. A medida até pode ser necessária e importante e assim se for, que se tome com coragem uma medida como foi feito na rua XV de Novembro e Avenida Luiz Xavier se fechem as ruas que pretendem implantar tal projeto. Precisa ter peito e argumentos fortes. A ideia não é nova de impedir o trânsito de veículos no anel central, já existe um estudo muito antigo no IPPUC que seria de permitir somente transitar no interior do anel central , ônibus e carga e descarga. Nunca foi levado a cabo, mas então seria a hora de fazer, mas precisa, repito ter peito e convicção para acontecer. Não foi sem propósito que a praça Rui Barbosa se transformou num grande terminal de transporte e o expresso na época transitando pela Barão do Rio Branco e Riachuelo. De uns anos para cá, a cidade cresceu, não há espaços suficientes e não houve nenhuma obra para desafogar a pressão do trânsito nem melhoria do transporte coletivo. Tudo que até hoje foi das décadas de 70 e 80.