8:54O alerta dos engenheiros

Do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (Senge-PR):
Senge apoia motoristas e cobradores e alerta sobre manobra de empresários

O contrato de concessão transfere aos cidadãos a responsabilidade por arcar com os salários de motoristas e cobradores fazendo com que os empresários não cumpram a parte que lhes cabe.

 

O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR) reconhece o direito legítimo de greve dos motoristas e cobradores de ônibus da Rede Integrada de Transporte de Curitiba, mas alerta que o contrato de concessão transfere aos cidadãos a responsabilidade por arcar com os ganhos salariais desses trabalhadores, fazendo com que os empresários não cumpram a parte que lhes cabe. Isto se dá, porque os reajustes salariais têm impacto direto ao valor da passagem de ônibus, a partir de um artifício incluído no contrato assinado pela Urbs com as empresas de transporte que venceram a licitação.

Essa distorção no contrato de concessão do transporte foi apontada pelo Senge-PR na comissão de discussão da tarifa, bem como destacada na CPI do Transporte e em todos os documentos que apontam sinais de irregularidades no processo licitatório apresentados à Prefeitura, Ministério Público, TCE, CADE e demais instâncias de controle.

“A greve é uma forma legítima de os trabalhadores buscarem a garantia dos seus direitos. Porém, a negociação salarial deve ser tratada entre os trabalhadores e os empresários, sem que onere os usuários. O contrato que a Urbs assinou corrompe esta situação quando faz com que os ganhos salariais de um trabalhador sejam repassados diretamente a outros trabalhadores e não ao empresário do transporte”, afirma o diretor do Senge-PR, Valter Fanini.

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Uma ideia sobre “O alerta dos engenheiros

  1. engenheiro curitibano

    O alerta dos engenheiros é procedente. Imagine se a cada aumento salarial concedido aos funcionários, as concessionárias de serviços públicos resolvessem subir de imediato o preço do pedágio. No entanto, não nos esqueçamos de que na composição dos custos dos serviços públicos, delegados ou não, tais como são os casos da Sanepar, da Copel, dos Correios … e também das empresas de transporte coletivo, os aumentos salariais dos funcionários são um item importante. Cedo ou tarde, impactarão as tarifas. Não existe almoço grátis!

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