por Mané Galo, da Ilha do Chapéu, na Baía de Guaratuba
A BR-116, Rodovia Regis Bittencourt, está entre as mais congestionadas do país. Uma das causas principais é o excesso de veículos, especialmente caminhões, que provocam grandes desastres. A BR-376, ente Curitiba e Joinville, é parceira da 116 nos congestionamentos e pelo mesmo motivo. As estradas estão superlotadas e não se vê nenhuma obra de alargamento, construção de novas pistas, etc. Também não se tem notícia de ferrovias. No Nordeste, onde estão algumas das mais belas praias do mundo, o turismo é prejudicado pela falta de boas rodovias e saneamento básico. Quem vai lá tem que ficar torcendo para não precisar de hospital. A maioria não tem vaga nem nos corredores. Com toda a crise de que se fala na Europa, os governos continuam investindo em infraestrutura. Portugal inaugura rodovias e novas linhas de trem. A Espanha coloca em funcionamento trem de alta velocidade entre Barcelona e Paris. Antes só havia esse tipo de trem partindo de Madrid.Os portos europeus estão permanentemente sendo modernizados. São limpos, organizados e muito mais seguros.Nesse setor o Brasil está há alguns anos do tempo da caravelas dos colonizadores. Parece que estamos navegando a vela onde não há vento. Quase parando. Uma coisa cresceu muito: o número de viciados em drogas que, segundo um organismo internacional, passa de 370 mil no Brasil. Temos também boas marcas em mortes no trânsito e violência de todo tipo nas ruas. Contudo, o brasileiro continua sendo otimista e acredita que até 2020 tudo vai melhorar. Tomara.
Nestes 10 anos do reinado pestista fomos convencidos de que vivemos no Paraíso. A qui tudo é bom, o povo é simpático, as mulheres todas são lindas e maravilhosas, é terra de gente bonita. Nos acostumamos a ver os outros países com um certo ar de superioridade, até meio com pena. E montados nesta confiança toda não nos damos conta de que temos um SUS que é um horror, estradas idem, aeroportos funcionando na base da boa vontade e portos para lá de ineficientes. E caríssimos. No dia em que nos dermos conta da nossa realidade, metade enfarta e a outra vai embora.