De ontem para hoje mais quatro vítimas da vidente e comparsas do Batel se apresentaram à polícia depois que a reportagem foi divulgada no Jornal Nacional (ver abaixo). Pelo que se sabe, os 400 mil reais achacados do casal que denunciou o golpe pode ser migalha diante do que se levanta sobre um caso ocorrido em Itaipulândia, no Oeste do Paraná. A conferir.
Não há motivo para prender esses orixás e videntes por estelionato e formação de quadrilha. Em primeiro lugar não existe a condição “se passar por vidente”, porque nenhuma pessoa possui dom de vidência verdadeiro e qualquer pessoa com o mínimo de inteligência sabe disso, por isso a expressão “se passar por vidente” é sinônima de “vidente”. Segundo porque se vamos prender orixás e videntes por tomar dinheiro de ignorantes que acreditam em forças místicas e sobrenaturais, por questão de igualdade temos que prender também padres, pastores missionários, e divulgadores de qualquer religião, que incitam os devotos a lhes dar dinheiro sob o argumento de que quanto mais dinheiro for dado maior será a recompensa das forças sobrenaturais em questões econômicas, de saúde ou afetivas. Não vejo diferença entre o que esses videntes fizeram e o que fazem todos os dias os comandantes das religiões, deste modo esses presos podem alegar em defesa preconceito religioso das autoridades policiais e jurídicas.