Da coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo:
A família do poeta Paulo Leminski vetou a publicação da biografia “O bandido que sabia latim”, escrita pelo jornalista Toninho Vaz. A editora Nossa Cultura preparava a quarta edição quando recebeu uma carta alegando “enfoque depreciativo à imagem do biografado e familiares”.
Vaz levou um susto. “Não houve alteração no texto, que já teve três edições anteriores sem objeções”, diz. Ele cogita colocar a biografia na internet, de graça.
E Alice Ruiz é destaque:
http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/mercado/radicalmente-contra-censura-mulher-de-leminski-censura-biografia-do-escritor/
“Eu sou radicalmente contra censura”, disse a escritora ao blog VEJA Meus Livros, em uma declaração para lá de contraditória, “mas interesses literários deveriam estar acima de interesses mercantis”. Alice e as filhas criticam a nova edição do livro pela inclusão de um parágrafo em que Toninho Vaz, o autor, narra o suicídio de Pedro, irmão de Paulo, a quem o poeta era bastante ligado.
“O relato de um vizinho de meu cunhado sobre a morte dele não precisava estar ali”, disse Alice. “Além disso, acho que Paulo é apresentado como um insensível, um homem desrespeitoso. Ele não era assim. Isso é uma inverdade.” A escritora reconhece, porém, que o alcoolismo de Leminski, com quem ela teve um relacionamento de 20 anos, muitas vezes trazia complicações. “Sob o efeito da bebida, Paulo às vezes se alterava, sim, agia de forma grosseira.”
“Estilhaço
Eu vejo a vida na cidade sem censura
Que me derruba, mas segura
Pela gravidade
…”
http://letras.mus.br/estrela-leminski-teo-ruiz/1919629/
Saber não basta, carece
corromper, comprometer
e ameaçar o que existe…
(Paulo Leminski)
http://semioticas1.blogspot.com.br/2013/02/poeta-leminski.html
“Paulo Santos21 de fevereiro de 2013 08:54
Preciso registrar um comentário: parabéns. Seu blog Semióticas é um espetáculo, cada página mais bonita e inteligente que a outra. Apresentei dissertação de mestrado na UFMG abordando a poética de Leminski e fiquei emocionado com sua página. Na mesma data foram publicadas duas outras matérias dignas de nota – na Folha e no Estado de São Paulo. Li as duas e depois visitei seu blog. Incrível: você apresentou o máximo no mínimo. O Leminski que você registrou aqui é verdadeiro, mais intenso. A comparação é inevitável, porque as matérias que vi nos jornalões não fugiram do lugar comum. Fiquei arrepiado com a citação ao Haroldo e aos poetas veteranos da Semana de Poesia de Vanguarda. Fiquei arrepiado com sua conclusão, situando Leminski nos tempos da internet e das redes sociais. E fiquei arrepiado com sua seleção de poemas e fotos. Deus lhe pague, José. Parabéns, parabéns!”