7:40Caso Miguel Donha: 13 anos sem resposta

Do jeito que veio:

Pelo quarto ano consecutivo, Angela Donha, filha de Miguel, esteve reunida com o Procurador Geral da Justiça, Dr.Gilberto Giacóia, para pedir agilidade e andamento ao caso. Há 13 anos, seu pai, pré-candidato pelo PPS à prefeitura de Almirante Tamandaré, retornava com sua esposa de um casamento em Santa Felicidade quando foram abordados por dois homens no portão da chácara onde moravam e levados até Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba. No trajeto atiraram nas pernas de Miguel e deixaram o recado para ele “ não se meter em política”. Miguel foi largado na estrada, não resistiu aos ferimentos e morreu. Até hoje, o crime que aconteceu no dia 22 de janeiro de 2000 e que tem fortes indícios de motivação política permanece sem solução

Durante a reunião que aconteceu no Ministério Público do Paraná, na última segunda-feira (21) e que também contou com a presença de Paulo Sérgio Markowickz de Lima, responsável pela área criminal do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais , a filha de Miguel, pediu maior atenção ao caso. “ Nestes 13 anos tanto o rapaz que confessou ter dado o tirou que vitimou meu pai, quanto o contratante do assassino, foram também assassinados, de forma no mínimo suspeita. Outras pessoas que estavam envolvidas no processo também morreram e a cada dia que passa a incerteza e a descrença de que a justiça poderá ser feita um dia, com a punição dos mandantes deste crime é cada vez maior”, disse Angela Donha.

O Ministério Público do Paraná diz que a demora para a resolução do caso não têm uma causa específica. Mas a influência das pessoas envolvidas no processo do caso, pode ser um dos empecilhos que trava a resolução do crime que aconteceu há 13 anos em Almirante Tamandaré. Conforme o Procurador Geral da Justiça, Dr. Gilberto Giacóia, o retardamento para a resolução do processo está ligado às dificuldades de apuração. Ele afirma que nunca faltou empenho do MP. “Não somos os únicos atores do processo e a demora está sempre dissociada a uma causa específica. Cada processo tem um perfil, um tempo e vários fatores podem determinar esse tempo, como por exemplo a complexidade das investigações. Já na fase processual há múltiplas causas do retardo do processo. O procedimento para crimes mais graves, como esse, também é mais complexo”, disse o Procurador.

Angela Donha e seus dois irmãos dizem que a indignação e a revolta com o passar dos anos fortalecem a luta pela solução. Mas eles também temem pela segurança da família. “ Ainda tememos pela nossa vida e de nossos familiares pelo fato de continuarmos clamando por justiça, por continuar lembrando algo que assombra a vida da e paira como uma nuvem negra sobre o passado daqueles que encomendaram o crime”, comentou.

O Presidente do PPS do Paraná, Deputado Federal Rubens Bueno, que acompanha o caso e a dor da família, disse que o PPS do Paraná lamenta mais uma vez o descaso das autoridades na apuração da morte de Miguel Donha, um crime que atinge a todos os paranaenses. “Donha era figura querida por todos os paranaenses, especialmente dos ex-funcionários do Banestado, onde chegou a ser diretor.

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