por Sérgio Brandão
Tinha esquecido como ir ao futebol é bom. É mesmo uma terapia. A gente esquece mesmo todos os tormentos. Domingo de sol, famílias chegando depois do clássico almoço. Isso não muda nunca. Ontem fiz isso sozinho – mas sempre fui acompanhado. Há 40 anos a turma era de 10 ou as vezes mais. Ontem, cheguei um pouco mais cedo. Escolhi um lugarzinho e fiquei observando a movimentação. Lembrei de muitas histórias, do estádio como era há 40 ou 45 anos atrás. Lembrei das cabines de madeira, na Mauá, das sacolinhas de mimosa, das bandeiras, dos pacotinhos de amendoim que vinham num reaproveitamento de jornal em forma de cone. Lembrei do meu pai, irmão, primos, do Seleto de Paranaguá, do Jandaia, do Grêmio Oeste, clubes que nunca mais ouvi falar. Também de vários Atletibas. Muitos mesmo! Guardo um em especial, com gol de Passarinho. A semana daquele clássico foi uma festa na cidade. Desfile pelas ruas do centro. Teve uma brincadeira que eles fizeram com um circo que estava na cidade. Desfilaram com o elefante vestido nas cores do atlético. O Coritiba ganhou com gol de Passarinho. A torcida saiu de campo cantando: “Um elefante incomoda muita gente, um passarinho incomoda muito mais”. Também lembrei que andam querendo estragar com o futebol, dentro e fora de campo. Torcedores e dirigentes. Mas também lembro que nada é maior e mais legal que estas lembranças. Isso é o que importa. É isso que ainda me leva ao campo e me emociona quando entro no Couto Pereira.
e naquele tempo os times daqui invariavelmente apanhavam dos mineiros … surras regulares. Um ou outro 0 a 0 ou 1 a 1 era milagre
Que bom a sua lembrança do velho Gremio Esportivo do Oeste,de minha querida Guarapuava.