Do correspondente na Tríplice Fronteira:

Os jornais reprisaram hoje a informação que o Paraguai não pretende fornecer mais energia barata a seus vizinhos Argentina e Brasil, com os quais compartilha a operação de hidrelétricas. “O governo quer levar adiante uma política que estimule  o uso dessa energia no próprio país, disse o presidente do Paraguai, Federico Franco.

Ótimo, caso o presidente paraguaio não escondesse por desconhecimento, por má informação ou por esperteza o outro lado da história. Ele quer estimular a indústria de alto consumo de energia, como a de alumínio.
O Paraguai não tem bauxita, matéria prima do alumínio. Vai “importar da Amazônia”?

Não existe ainda linha de transmissão para o Paraguai, capaz de suportar a energia que lhe cabe no latifúndio de Itaipu. Nem consumidores. Vai vender a energia para quem? A despesa anual de Itaipu é de US$ 3 bilhões. Como a empresa é binacional, a metade é paraguaia. Se não consegue vender a energia, a não ser ao Brasil, segundo o Tratado, os paraguaios pagarão a conta de que forma? Hoje o Brasil paga pela energia que cabe ao Paraguai. Este paga as dívidas e sobra alguns milhares de dólares ao tesouro paraguaio ao “custo Lula do quilowatt”, que entregou-se ao detonado Lugo aumentando o que o Brasil paga aos hermanos. Brasil quer dizer nós, consumidores
brasileiros.

Portanto, Dom Federico está cascateando. É melhor esperar até 2023, quando o Tratado de  Itaipu terá de ser renegociado. Até lá é capaz de a  bauxita amazônica ter chegado a Assunção.