8:03Alento e alerta

Em ano de eleições municipais, reportagens como a publicada hoje na Gazeta do Povo revelam um pouco do pensamento de muitos que são eleitos como representantes do povo e, ao ter a facilidade do acesso às verbas que deveriam beneficiar quem lhes colocou lá, agem de uma forma mais escrota que o bandido que assalta um banco. Este corre o risco de levar tiro na cara. O engravatado veste o manto do mandato, se apresenta com cara de pau como defensor das causas públicas e enfia a mão no jarro com a maior desfaçatez. O dinheiro que vai para o bolso destes sacripantas, seja ele o agente público ou cúmplice da falcatrua, é sujo, leva a marca que faz deste um país onde a desigualdade social parece ser o destino impossível de ser modificado. O luxo em que se converte na mão de larápios desta estirpe é o lixo mais podre que pode existir. Revelações como estas, destes bravos repórteres que antes explodiram a caixa preta da Assembleia Legislativa, são um alento e um alerta. Em outubro o voto tem o poder de ser a arma capaz de fazer desaparecer esta espécie de gente. A democracia, o menos pior dos regimes políticos, dá esta chance a quem sempre paga a conta.

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