10:20Greca propõe ação popular contra licitação de locais públicos

Da assessoria de imprensa de Rafael Greca:

O ex-deputado estadual Rafael Greca (PMDB-PR) propõe a união de todos os pré-candidatos a prefeito e a vereador de Curitiba, nas eleições de 7 de outubro próximo, a assinarem uma ação popular que impeça, por pedido liminar, a licitação de outorga de patrimônio público em véspera de eleição. Com a medida, Greca pretende evitar, por exemplo, a concessão de gestão de locais públicos pela Prefeitura de Curitiba, como a Pedreira Paulo Leminsk, fechada a quatro anos, e a Ópera de Arame, considerados cartões postais da capital paranaense.

“O Ducci (Prefeito Luciano)  não precisa ser candidato. Basta lançar edital de privatização da Prefeitura de Curitiba. Já entregou o Jardim Botânico, o Pavilhão do Barigui, agora a Ópera de Arame e o Palco da Pedreira”, disse Greca. E completou: “Ele (Ducci) prepara a privatização da Rodoferroviária, terreno público essencial para novos projetos de mobilidade, até do metrô (se houver). Qual Leprevost da vida não quererá ser dono da Ópera de Arame ou do Palco da Pedreira?”, dispara Greca.

Liquidação do patrimônio
O ex-prefeito e pré-candidato em Curitiba, Rafael Greca, citou ainda o Museu Metropolitano do Portão como outro local abandonado de propósito “para ser entregue na bacia das almas a algum empresário patrocinador da próxima eleição”. “Por tudo isso, proponho essa ação popular contra a licitação desses espaços públicos, de direito da população ou ainda contra à vexatória liquidação do patrimônio público de Curitiba, na temporada de queima de estoque demo-tucana”, salientou.

Ainda na análise de Greca, ao transferir esses locais públicos para a iniciativa privada, a atual Prefeitura cria o “direito de propriedade” sobre, segundo ele, “o que antes era de todos os contribuintes”. “Como exemplo, o acesso à raia de remo, o acesso à Ópera de Arame e o acesso ao Palco da Pedreira (Paulo Leminski) passará a render recursos para interesses alheios à história da cidade. Antes, rendia para os cofres públicos e ainda permitia à Prefeitura incentivar à cultura”, frisou Rafael Greca.

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3 ideias sobre “Greca propõe ação popular contra licitação de locais públicos

  1. Coronel Perseu Jacutingassa

    É, Greca tem razão, afinal, quem nunca quis dar uma remadinha no tal “Parque Náutico” e, chegando lá sentiu-se bem à vontade, com toda a estrutura né ?

    E quem já não ficou contente ao entrar de graça em todos os shows da pedreira ? E a Ópera de arame então, com tantas peças e apresentações culturais gratuitas…sempre. gratuitas.
    No tempo dele então, tudo era tão bom…Aqueles “faróis do saber, tão úteis e e com espaço tão bem pensado…(ironia mode on)…

  2. Zangado

    Greca – bem ou mal – dá um exemplo de utilização dos mecanismos e instrumentos de que dispõe a sociedade civil para defender o interesse público e social.

    Não deveria isso acontecer em vésperas de eleições, no fluxo das paixões de campanha.

    A sociedade, através de suas organizações civis, deveria estar atenta e vigilante ao que os governantes e detentores de cargos e mandatos públicos entendem por “interesse Público”, não raro coelhos que saem de suas cartolas de cuja mágica escondida, à primeira vista, não percebemos as consequências.

    Espaços públicos, construídos com o dinheiro público, não podem passar à iniciativa privada, com alterações de condições de utilização, sem, no mínimo, como no caso, atender estudos de impacto de vizinhança, posto que existe uma liminar em ação judicial movida pelos moradores circunvizinhos impedindo impactos negativos à sua qualidade de vida no local.

    Enfim, que o exemplo frutifique em mais ações desse tipo impedindo aos governantes tratar a “res publica” como “res privada”, privatizando o lucro e socializando os prejuízos.

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