13:27Os militares e a Comissão da Verdade

Circula entre os militares da ativa e da reserva:

COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE

A instalação da Comissão Nacional da Verdade, na data de ontem, em cerimônia tornada pública pela imprensa falada e escrita, permitiu ao povo brasileiro compartilhar da emoção com o sofrimento das famílias dos desaparecidos que participaram de ações em decorrência de ideais que abraçaram.

Pela presente vimos também, por razões humanitárias e de justiça, lamentar em nome das famílias daqueles que, em defesa do Estado Nacional e no cumprimento de deveres que lhes haviam sido legitimamente atribuídos, as vítimas de atentados dos quais participaram, ativa ou passivamente, alguns dos desaparecidos ontem lamentados.

Cabe lembrar que aquelas famílias que pranteamos sentem a mesma imensa dor, à qual é somado o sofrimento de se verem totalmente desamparadas e ignoradas pelo Estado.

O respeito aos termos legais que regem a Comissão Nacional da Verdade nos permite lembrar que o restabelecimento da História Nacional, no período indicado, deve ser completo, dando real significado a fatos históricos que têm, necessariamente, causa, meio e fim, sem qualquer outro objetivo que não seja revelar a verdade dos lados.

Assim, ouvir e registrar o que ex-agentes do Estado bem como ex-militantes revelarem sobre atos em apreciação da Comissão, é imperioso.

Dentro destes princípios estamos certos de que a História do nosso País poderá ser enriquecida com Verdades sem distorção de versões, para conhecimento das novas gerações a quem nos cabe legar um passado adequadamente descrito  e que sirva de exemplo  para o futuro.

Rio de Janeiro, 17 de maio de 2012.

V. Alte Ricardo Antonio da Veiga Cabral

Presidente Clube Naval

Gen Ex Renato Cesar Tibau da Costa

Presidente Clube Militar

Ten Brig Carlos de Almeida Baptista

Presidente Clube de Aeronáutica

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4 ideias sobre “Os militares e a Comissão da Verdade

  1. Parreiras Rodrigues

    Fui contra a Dita Dura a partir do primeiro instante do Golpe de Primeiro de Abril – Dia da Mentira, em 1964.

    Contra ela, dei minhas estilingadinhas que não passaram duns escritos em jornal mimeografado do grêmio que eu presidia no Ginásio da minha Santa Isabel do Ivai, duns xingamentos nos comícios dos candidatos da Arena, de participação em partido de Oposição, o verdadeiro MDB velho de guerra, de colaboração na fundação de sindicato rural, e do envolvimento nas campanhas da Anistia, das Diretas Já! Por causa disso mais aquilo, duas cadeias – uma na PF de Londrina.

    Mas, convenhamos todos: A roubalheira por parte dos ministros, dos políticos e de apaniaguados de então não chega a 10 por cento do que se vê hojemdia.

    Anos atrás vi Cesar Cals, das Comunicações dando entrevista em sua casa em Fortaleza – uma simplicidade franciscana; Andreazza, o todo poderoso dos Transportes, morreu pobrim; Ney Braga que tirou casquinha num ministério também me parece não chegou perto do jarro; até o Delfim Neto, que tirava dinheiro a torto e a direito do FMI, salvo engano, é um durango.
    Que é feito do japonezinho das Minas e Energia, o Shigeaki Ueki?

    Hoje, o cara passa o rodo. Quando desapeado, monta uma consultoria prá justificar o saldo bancário.

    Eita pêga!

  2. Emerson Paranhos

    Pergunta que está no ar. E, que deve ser respondida para que a verdade seja restabelecida.Comissão da Verdade: quem matou esses brasileiros? (III)

    Quando os esquerdistas mataram seus próprios companheiros
    A lista das 120 vítimas das esquerdas pode ser ampliada a depender do critério que se use. E o total conhecido pode passar de 130. E, nesse caso, são os próprios esquerdistas que surgem como vítimas. Os tribunais revolucionários dos “companheiros” decretaram a pena de morte de alguns de seus pares.
    Sabem o que impressiona? Nesse caso, os “reparadores” não cobram justiça. Tampouco pretendem levar os que ainda estão vivos e respondem por aquelas mortes para o banco dos réus. A canalha se protege de tal modo que acha crime de lesa humanidade que um militar mate um dos seus, mas considera que esquerdista matando esquerdista, em nome da causa, é parte legítima do jogo.
    Destaco uma vítima da ALN morta por seus pares. É a organização a que pertenceu Paulo Vannuchi. Acompanhem.
    O militante Márcio Leite Toledo manifestou descontentamento com os rumos da ALN e fez críticas à direção do grupo terrorista. Foi assassinado com oito tiros. Em comunicado, a organização admitiu: “A Ação Libertadora Nacional (ALN) executou, dia 23 de março de 1971, Márcio Leite Toledo. Esta execução teve o fim de resguardar a organização… Uma organização revolucionária, em guerra declarada, não pode permitir a quem tenha uma série de informações como as que possuía, vacilações desta espécie, muito menos uma defecção deste grau em suas fileiras… Tolerância e conciliação tiveram funestas conseqüências na revolução brasileira… Ao assumir responsabilidade na organização cada quadro deve analisar sua capacidade e seu preparo. Depois disto não se permitem recuos… A revolução não admitirá recuos!”.
    Seguem os outros “justiçados” – isto é, terroristas mortos por seus próprios “companheiros”, conforme está sintetizado no site “Quinto Poder”:
    1 – Antonio Nogueira da Silva Filho, da VAR-Palmares, condenado ao “justiçamento” em 1969 (a sentença não foi efetivada por ter o “condenado” fugido para o exterior);
    2 – Geraldo Ferreira Damasceno, militante da Dissidência da VAR-Palmares (DVD), “justiçado”em 29 de maio de 1970, no Rio de Janeiro;
    3- Ari Rocha Miranda, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 11 de junho de 1970, por seu companheiro Eduardo Leite, codinome “Bacuri”, durante uma “ação”, em São Paulo;
    4 – Antonio Lourenço, militante da Ação Popular (AP), “justiçado” em fevereiro de 1971, no Maranhão;
    5 – Márcio Leite Toledo, da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 23 de março de 1971 (ver primeiro parágrafo);
    6 – Amaro Luiz de Carvalho, codinome “Capivara”, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário(PCBR) e, posteriormente, do Partido Comunista Revolucionário (PCR), “justiçado” em 22 de agosto de 1971, em Recife, dentro do presídio onde cumpria pena;
    7 – Carlos Alberto Maciel Cardoso, da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 13 de novembro de 1971, no Rio de Janeiro;
    8 – Francisco Jacques Moreira de Alvarenga, da Resistência Armada Nacionalista (RAN), “justiçado” em 28 de junho de 1973, dentro da Escola onde era professor, por um comando da (ALN).Maria do Amparo Almeida Araujo, então militante da Organização e, bem mais tarde, presidente do “Grupo Tortura Nunca Mais”, em Pernambuco, participou dos levantamentos que permitiram a realização do referido “justiçamento”. Hoje, em depoimento no livro “Mulheres que Foram a Luta”, do jornalista Luis Maklouf de Carvalho-1998, ela declara não saber quem realizou a ação, embora seja evidente que, para que o “justiçamento” pudesse ter sido realizado, ela devesse ter passado este levantamento para alguém;
    9 – Salatiel Teixeira Rolins, do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), “justiçado” em 22 de julho de 1973 por militantes da Organização. Segundo Jacob Gorender, que em 1967 foi um dos fundadores do PCBR, em seu livro “Combate nas Trevas”, os assassinos não poderiam intitular-se “militantes do PCBR”, pois nessa época o “o PCBR não mais existia”.
    No Araguaia, o PC do B justiçou Osmar, Pedro Mineiro e João Mateiro (estão na lista que já publiquei) e também o guerrilheiro(10) Rosalino Cruz Souza. Um outro de nome (ou codinome) (11) Paulo também teria sido assassinado, mas não há provas.
    Reinaldo Azevedo (Veja

  3. AMARAHAL

    É verdade, otimos comentários acima.
    O povo brasileiro desconhece sua história, vemos os novos “vermelhinhos” dizendo que o PCdoB lutou pela democracia no Brasil durante a intervenção militar, que bela mentira.
    Imaginem se os militares tivessem dado moleza, hoje estaríamos tal qual Cuba.
    O pior é que e existe um bando imbecis que ufanam-se com a imagem de Che Guevara !

  4. Parreiras Rodrigues

    E insisto:

    A milicagem já estava arrumando a tralha para o retorno à caserna.

    Mas endureceu quando desafiada pela guerrilha, cujas intenções não eram mesmo o fim do estado de exceção. Queriam era se aproveitar para cubanizar o Brasil. E pronto!

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