O carnaval já Elvis e o couro vai esquentar a partir de amanhã na capital da província com o retorno das negociações entre governo e policiais. O primeiro recuou depois de ter jogado sua carta, que pensava decisiva, no pano verde. Beto Richa foi à TV e anunciou índices que disse serem o máximo que se poderia dar aos militares e civis. O peso da palavra virou fumaça com a reação contrária –  e muita gente acha que o governador não deveria ter entrado nessa, pelo bem da sua imagem ainda em alta. Os tiras marcaram greve, foram chamados para mais conversas, mas, no mesmo dia, o Tribunal de Justiça declarou a greve ilegal, o que irritou ainda mais os policiais – e o abaixo assinado com mais de mil e quinhentos nomes de apoio ao delegado geral Marcos Michelotto, que fez coro descontentamento, demonstra união da classe. Enquanto isso, os PMs observam em estado de, vamos dizer, prontidão. O lado bom dessa quizumba é que até agora não houve manifestação espalhafatosa e perigosa de confronto. A questão, espera-se, deverá ser mesmo resolvida na mesa de negociação.