9:34PARA ROSIRENE GEMAEL

Rosirene Gemael

Foto e texto de Fernanda Maria de Castro Paula

Querida amiga Rosirene.
 
Ontem quando tomei conhecimento da sua morte, abri minhas caixas de fotografias e fiquei a recordar os momentos mágicos e significativos que passei com você.
 
Quando a conheci, você já me conhecia, pois tive o prazer de saber que você já era amiga da minha mãe e assim foi um tempo  de trabalho, reflexões e  de amizade.
 
Você me ensinou a compreender e interpretar as fotos que fazíamos durante o tempo que trabalhei no Correio de Notícias. Através das suas pautas tive a oportunidade de produzir ensaios fotográficos de  artistas como: Helena Kolody, Raul Cruz, Geraldo Leão, Letícia Faria, Claudio Seto, Helena Wong, Solda, Paulo Lemiski, Batista do Pilar, Lizate Chipaski, Adalice Araújo, De Bona, Poty Lazaroto e muitos outros. Além das pautas de rua, andava pelo centro fotografando mercearias, barbearias, lojas, tudo era motivo para vc produzir textos maravilhosos.
Obrigada pela sua amizade.

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3 ideias sobre “PARA ROSIRENE GEMAEL

  1. cesar setti

    a cultura popular e as festas populares perdem uma grande e talentosa incentivadora. Grande perda para o jornalismo paranaense.

  2. sb

    Conheci a Rosirene em 96, num trabalho pela GW. Por ela fui apresentado a tia Nazira, uma senhora de uns oitenta e tantos anos, não lembro bem, mas perto disso. Tia Nazira morava sozinha em Rio Negro, e as vezes a Rosirene ia busca-la para passar umas semanas em sua casa. Tia Nazira dizia que ia namorar comigo, mas para passar no teste tinha que aprender a jogar canastra. Tratei de aprender rapidinho. A Rosirene se divertia com a história. As vezes me ligava e dizia:”estou indo pra Rio Negro, buscar a tia Nazira”. Aquilo era um aviso. Três dias depois estava lá eu, na casa da Rosi, nas intermináveis partidas de canastra. Tentando algum crédito com Tia Nazira. Tia Nazira roubava no baralho. Quando percebia que a partida estava perdida, começava a apelação, mas a gente fazia de conta que não via.
    Pela Rosirene também fui apresentado ao seu filho, Marco, o Caco, um menino que como disse o Zé Beto, era igual a mãe. Doce, meigo, educado e de um senso de humor maravilhoso.
    Pela Rosirene, também conheci um texto que não sabia que existia. Um texto que vi pouca gente conseguir chegar perto. Um texto diferente de tudo que a gente vê por aí, mas acima de tudo simples. A Rosirene escrevia de um jeito tão especial, que até os bilhetes dela emocionavam.
    Ela era tão especial quanto o seu texto. Uma pessoa diferente das outras. Gastamos horas e horas em sua casa, com bules e bules de café que ajudavam a chamar a conversa . Obrigado pelos ensinamentos, minha querida amiga!

  3. Raul G. Urban

    O convívio com Rosirene vem ainda dos anos 1970, quando trabalhamos juntos na sucursal local da Folha de Londrina. Quem não lembra da memorável neve de 1975, quando Rosi estava ao lado dos colegas como o então chefe de redação, Milton Ivan Heller, Serginho Maluf, eu, obviamente, e Luiz Geraldo Mazza – que via em Rosirene a nossa Musa Maior. Formada em 1972, foi referência, foi modelo, foi amiga, foi uma criatura que superou a si própria. Para, já uns 20 anos dpois, reencontr´-la como colega na Secrtaria Municipal da Comunicação Social. A guerreira que batalhava nas campanhas políticas; a enturmada que tinha em nossa qurida Carmen Sunyê uma irmã… o irmão, Kiko… e lá vãonomes que depois pasam pela GW, onde não trabalhei, mas dela soube.
    Na Prefeitura, ou mesmona Folha, era um tempo da compra desenfreada de carteiras antecipadas de Chanceler – aquele cigarro fininho parecendo cigarrilha, que sorvia desbragadamente… e havia, contudo, naquela musa, aquele companyheirismo, o olhar dos olhos grandes e expressivos, o sorriso perene, alma de gente….
    Ainda há dias falei dos 10 anos da peda de nossa Soninha Nassar. Meceremos, será, nos, jornalistas, as perdas seguidas dos que nos foram e são tão caros? Rosirene Gemael, meu preito, em nome de todos aqueles que souberam fazer de ti a guerreira campeã da vida. Pena que o Joel Petrovski também já tenha subido – senão, faria uma foto tua dos tempos de teus 20 e tantos anos como nossa musa da Folha. Saudades – Urban

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