18:06Leon Cakoff, adeus

Da Folha.com

Crítico Leon Cakoff morre aos 63 anos em SP

 O crítico Leon Cakoff, fundador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, morreu hoje, às 13h, no hospital São José, em São Paulo. Ele tinha 63 anos e, desde dezembro do ano passado, lutava contra um câncer –um melanoma que originou metástase, chegando ao cérebro.

Nascido Leon Chadarevian em Alepo, na Síria, Cakoff chegou ao Brasil aos oito anos. Adotou o sobrenome Cakoff como pseudônimo, após ter um artigo de jornal censurado pelo próprio veículo, durante a ditadura.

Começou a carreira de crítico de cinema aos 19 anos, escrevendo para o “Diário da Noite” e o “Diário de São Paulo”, dos Diários Associados.

Em 1971, com US$ 300 e uma passagem permutada, viajou ao Festival de Cannes e começou a pensar numa maneira de levar filmes de fora do circuito para o Brasil. Em 1974, foi para o departamento de cinema do Masp, onde três anos depois criaria a 1ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que chega agora a sua 35ª edição.

Cakoff integrou a equipe de articulistas da Folha entre 1996 e 2000, ano em que se tornou colaborador do jornal “Valor Econômico”. Desde agosto era colunista da Folha.com.

Ele deixa a mulher, Renata de Almeida, com quem teve Tiago e Jonas; e também Laura e Pedro, filhos de seu primeiro casamento, com Vera Lucia Caldas.

FILMES

Em 1999, Cakoff dirigiu, em parceria com Renata, o filme “Volte Sempre, Abbas”, sobre a vinda do cineasta iraniano Abbas Kiarostami a São Paulo para integrar o júri da 22ª Mostra. Também com Renata, organizou “Bem-vindo a São Paulo” (2004), filme composto por 17 episódios sobre a cidade de São Paulo filmados por vários cineastas, como o israelense Amos Gitai, o alemão Wolfgang Petersen, o japonês Yoshida e o próprio casal organizador da Mostra.

O último projeto de Leon Cakoff foi o longa “Mundo Invisível”, com episódios de cineastas como Wim Wenders e Atom Egoyan, que filmou a volta de Cakoff à terra de seus pais, na Armênia.

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2 ideias sobre “Leon Cakoff, adeus

  1. Frik

    O mundo inteiro pensava que ele fosse Russo (‘comrade Kakov’) , e na verdade ele era um armênio nascido na Síria, tecnicamente um “turquinho”

    E para a Cultura … 🙄 Ah, vai fazer falta …

  2. marizete

    Uma pessoa pra lá de especial,homem de muitas qualidades e muito querido por todos.Tive o previlégio de ser uma das suas funcionárias na sua casa de praia em Maresias,vivi momentos muito felizes na casa deste casal fantastico,mas o tempo nos afastou e perdi contato com eles..E com muita tristeza recebi pela midia a noticia triste do seu falecimento,fiquei muito chateada e triste,mas Deus sabe de todas as coisas e só possso desejar do fundo do meu coração Vá em Paz meu querido patrão….

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