O grande artista Ricardo Silva, de quem me orgulho se ser irmão, agora expõe seu acervo construído nos últimos três anos, desde quando ganhou uma maquininha digital de presente e se revelou fotógrafo excepcional, no site “olhares.com” (http://zedofole.olhares.com/). É um presente para todos que amam esta arte e também uma grande homenagem à dona Zefa, nossa mãe, que partiu há exatos 8 anos. Em sua apresentação, este Silva que honra o nome transcreveu o poema abaixo.
Sim
Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
Ricardo Reis (Fernando Pessoa)