0:24Faltou debate

O esforço da Band em realizar o primeiro debate entre os candidatos ao governo do Paraná é louvável. O fato de convidar os sete candidatos que disputam o cargo é nobre. A fórmula adotada, em comum acordo com os partidos e coligações, contudo, fez o encontro naufragar porque, na verdade, não houve debate, mas um insosso desfile de discursos conhecidos e desconhecidos, pois não faltaram falas desconexas da realidade das perguntas. A corrida pelo governo do Paraná tem apenas dois candidatos com possibilidades de vitória: Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT). Pois nas duas horas e meia do programa, eles, que disputam voto a voto o direito de suceder Orlando Pessuti (PMDB) no governo, não tiveram a chance do confronto, porque não foram sorteados para tanto. Richa, como era esperado, jogou a experiência do comando da prefeitura de Curitiba no pano verde do convencimento. Estava seguro na fala. Defendeu a privatização do Banestado porque este estava falido. Disse, no entando, que vai preservar as empresas públicas que funcionam, como a Copel, ressaltando que não votou pela venda da empresa porque não era deputado. Dias ressaltou a aliança com o PT de Lula e falou dos programas sociais do governo federal que deverão ser potencializados no Estado se for eleito. Ao mesmo tempo que ressaltou que é homem do campo, da agricultura e também focou o discurso num dos seus projetos prioritários, que é a escola em tempo integral, que o adversário, aliás, concordou e disse que irá adotar também. O que chamou a atenção foi a citação de ações do governo Requião, como o programa Leite das Crianças e a construção de hospitais, quando respondeu sobre a questão do índice mínimo de investimento em Saúde. Portanto, foi uma pena que os dois principais adversários não puderam debater, olho no olho, diretamente. De qualquer forma, o encontro serviu para esquentar os motores para os outros três debates e para o horário político gratuito, que começa na próxima terça-feira (17).

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