O site da RPC informou sobre a bomba caseira lançada contra a sede da RPC às 20h43. A esta altura, o prédio da Gazeta do Povo, na praça Carlos Gomes, já tinha sido evacuado, o quarteirão cercado e os policiais do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar estavam fazendo uma varredura dentro e fora do local. A notícia de que um saco de lixo suspeito foi encontrado na calçada e que depois foi constatado que não havia nenhum artefato explosivo, não diminuiu em nada o pânico que tomou conta dos funcionários e a confusão causada no Centro da Cidade. O fotógrafo Lineu Filho, do Jornale, ouviu uma pequena explosão durante o procedimento do Grupo Antibomba e passou a informação por telefone. Estava bem distante do local, pois a PM não permitiu o acesso de ninguém. Provavelmente o saco de lixo foi aberto à distância por equipamento que faz barulho, daí a confusão. Não houve comunicado oficial da empresa. A primeira informação aqui publicada, vinda de fonte interna, era a de que não haveria nenhum pronunciamento sobre o fato. De qualquer forma, fica claro que a bomba caseira atirada na sede da RPCTV e a denúncia sobre outra na Gazeta do Povo são ameaças absurdas a uma empresa de Comunicação que, recentemente, cravou um marco na história do jornalismo e da política do Paraná com uma série de denúncias. Que fique claro que aqui não se está acusando ou tentando vincular uma coisa com outra. Os fatos citados são apenas para demonstrar a importância da RPC para a sociedade paranaense e que atentados como o de ontem relembram apenas os anos tristes da ditadura militar, onde se tentou calar a imprensa com censura e com bombas. A investigação e elucidamento de tal barbaridade é fundamental. Quem fez a ameaça não aprendeu que isso apenas reforça a determinação de quem tenta informar. Quem mandou e/ou jogou a bomba esquece que está tentando calar o povo – e isso é impossível.