…Deus não tem pressa nenhuma, para Ele tudo é ontem, hoje e amanhã, só quem vive dentro do tempo somos nós. Para ficar apenas num exemplo, quem compreende os mangues, todas as suas plantas, todos os seus mosquitos, todas as suas mutucas, todas as suas locas, todos os seus siris, sururus, caranguejos e aratus? Ninguém, por mais escolado. E assim tudo mais, das pedras enterradas aos bichos voadores, o que se conta sempre podendo ser verdade ou mentira, nada se logrando provar com prova provada mesmo. (João Ubaldo Ribeiro em “Miséria e Grandeza do Amor de Benedita“)