7:13Sete anos e uma comissão

A interdição no Porto de Paranaguá, determinada ontem pelo Ibama, causou, de saída o seguinte estrago: há 13 navios atracados, 45 ao largo aguardando a vez e mais 26 previstos para atracação. A informação é da  Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), que também revelou: o porto movimentou 30 milhões de toneladas no ano passado e a receita de exportações foi de US$ 12 bilhões. No final da tarde a APPA esclareceu que vai tentar reverter a situação através de um processo judicial, enquanto aguarda a definição de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). No texto, distribuído pela Agência Estadual de Notícias, não há uma palavra sobre o que foi feito nos últimos sete anos de administração que, na verdade, é de responsabilidade do mesmo governo. Só houve troca do comando: saiu Roberto Requião, agora candidato ao Senado pelo PMDB, e cujo irmão, Eduardo, foi superintendente da APPA durante a maior parte deste tempo, e entrou Orlando Pessuti. O Governo do Paraná relata o seguinte: “Desde que assumiu a autarquia, em maio deste ano, o superintendente da Appa, Mário Lobo Filho, trabalha para a regularização das questões ambientais portuárias, criando uma comissão que tem à frente o capitão-de-mar-e-gerra, Marcos Antônio Nóbrega Rios. Este grupo já esteve váras vezes reunido com o Ibama, em Curitiba e em Brasília, para a elaboração do TAC”. Ah, bom! Ontem mesmo o deputado Valdir Rossoni (PSDB), ex-líder da Oposição na Assembleia, que sempre foi um dos maiores críticos da situação do porto nos últimos anos, jogou mais ácido em cima desta interdição: “Esse estrago foi causado pelo ex-governador Requião, e seus familiares, que só iludem os paranaenses com falsas promessas”.

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