A campanha para as eleições a presidente da República, governadores dos estados, senadores, deputados federais e deputados estaduais começam oficialmente hoje. Separar o que é lorota do que é sério é uma tarefa difícil, porque os enganadores são maioria. Seria bom cantar Cazuza numa hora dessa, porque neste país, ideologia já foi para o ralo há muito. Na guerra entre grupos que se juntam para tomar ganhar o poder, o que interessa, como disse um guru, é o tamanho do orçamento. O lado bom dessa briga é que, quando saem para o confronto sem pudor, os podres são expostos à luz do sol. Mas, há esperança por trás da angústia, como um dia escreveu o grande Fausto Wolff em seu seminal “O Acrobata pede Desculpas e Cai”. Afinando o radar do bom senso, podemos enxergar aqui e ali políticos que dignificam a classe, homens públicos que conseguem sobreviver com dignidade em meio àqueles que só enxergam o umbigo e não resistem à facilidade do cofre do dinheiro público aberto pelo magia do mandato. Mandato este outorgado pela ninguenzada que paga a conta e que recebe muito pouco em volta e só tem o direito de assistir ao circo dos horrores antes e depois de sacramentar o voto. Portanto, é preciso estar atento. A Democracia é o menos ruim dos sistemas políticos. Ela nos dá o sagrado direito da escolha. E da degola.