Pico Paraná: para entrar, só pagando para fazendeiro

Texto e fotos de Lineu Filho (http://jornale.com.br/lineu_click/)

O Parque Estadual Pico do Paraná, uma Unidade de Conservação que abriga a montanha mais alta do Estado, agora tem um dono. É o fazendeiro Dílson Serighelli que está cobrando para o acesso àquela área que é pública e que deveria estar sob a responsabilidade do Instituto Ambiental do Paraná.
Na sexta-feira passada um grupo de oito montanhistas se reuniu, graças ao convite do amigo Marcos Paulo “Batata”. A ideia era aproveitar  a noite de lua cheia, vegetação seca e temperatura agradável, para passear na montanha. Eu estava no grupo.
Pouco antes de entrar no Parque, tivemos de pagar R$ 120,00 pela inoperância e a conivência do IAP.
 O pedágio foi cobrado somente pela passagem no interior da propriedade particular do sr. Sirighelli, que bloqueia o caminho ao parque. O acesso é o mesmo há quase setenta anos, mas o pagamento para a passagem a pé não tem precedente. Sempre foi cobrado um pequeno valor pelo estacionamento, mas o atual “fazendeiro” passou a cobrar pelo ingresso na unidade de conservação.
E há uma tabela. De dia, paga-se R$ 10,00. À noite, o valor sobe 50%, provavelmente pelo fato de o proprietário ter de se levantar para arrancar o dinheiro dos montanhistas madrugadores.
Na sexta-passada a cena absurda se completou quando foi solicitado um recibo para comprovar os pagamentos e o sr. Dilson Serighelli perdeu as estribeiras. Aos berros, se negou a dar a comprovação, alegando que a propriedade é dele. Isso tudop sob a luz da lua e dentro um parque de papel.