Desde o ano passado alguns tucanos poderosos apostavam firme que Osmar Dias (PDT) estaria ao lado de Beto Richa na campanha – e como candidato à reeleição ao Senado. Ganharam. Assim, o ex-prefeito está praticamente eleito governador, pois não terá concorrente com peso suficiente para enfrentá-lo, apesar do esforço do governador Orlando Pessuti (PMDB). Na verdade, Dias nunca disse que tinha rompido a aliança que firmou com Richa nas duas últimas eleições. O senador é um político experiente. Jamais fecharia esta porta. As conversas que manteve com o governador José Serra, candidato tucano à presidência da República, devem ter-lhe aberto o caminho para o ministério da Agricultura, em casa de vitória lá em cima. Por que então arriscar-se numa aventura? O caso não é o do “boi voando”. Osmar Dias, apesar da barba branca, ainda é “jovem”, considerando-se o universo político. Se a reeleição cair, daqui a quatro anos terá 62. Se não cair, em 2018 terá 66. Ao lado de Richa ainda terá energia e mais experiência para ser governador. Resta saber agora se a área será aplainada pelo grupo do ex-prefeito de Curitiba. Com Osmar Dias candidato da chapa ao Senado, se o deputado Gustavo Fruet for o outro candidato, há a real possibilidade de se enterrar a carreira política do ex-governador Roberto Requião (PMDB) e implodir a tentativa de Gleisi Hoffmann chegar ao Senado. E aí seria uma espécie de vingança pessoal do pedetista, pois foi esse o verdadeiro motivo que impediu a aliança com o PT, já que ele queria ela como vice na sua chapa ao governo do Paraná. A conferir.